O Presidente russo afirmou este sábado, em mensagem aos habitantes das regiões ucranianas anexadas de Donetsk e Lugansk, que a Rússia “devolverá a paz” àqueles territórios do Donbass, que há dez anos realizaram referendos para autoproclamar a independência de Kiev.

“Estou convencido de que iremos, sem falhar, restaurar a paz no Donbass e resolver as tarefas mais complexas. Construiremos e restauraremos estradas, edifícios, escolas, hospitais, centros médicos e de educação, empresas industriais”, afirmou Vladimir Putin, numa mensagem de felicitação aos residentes de Lugansk, citada pela EFE.

“Juntos venceremos”, realçou o Presidente russo, que insistiu que, em 11 de maio de 2014, os residentes de Lugansk manifestaram o seu “firme apoio” à criação da República Popular de Lugansk e, em setembro de 2022, votaram a favor de “estar com a sua terra natal, a Rússia”.

Putin salientou que dez anos após o primeiro referendo em Lugansk, os russos lutam pela “libertação das suas terras históricas” e pela segurança do seu país.

Numa outra mensagem enviada aos habitantes de Donetsk, Putin destacou que 11 de maio de 2014 é um dia chave na história do Donbass e saudou a “firme determinação” dos habitantes de Donetsk no apoio à independência do território para “defender a sua língua, cultura e livre desenvolvimento”, enquanto luta contra “a agressão dos nacionalistas, que chegaram ao poder em Kiev como resultado de um golpe de Estado”.

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Os referendos separatistas no sudeste da Ucrânia ocorreram numa altura de combates e sem observadores internacionais.

Um dia após a sua celebração, Donetsk e Lugansk autoproclamaram a sua independência e pediram para se integrarem na Rússia, algo que aconteceu em setembro de 2022, meio ano após o início da invasão russa da Ucrânia.

Segundo a porta-voz dos Negócios Estrangeiros da Rússia Maria Zakharova, Moscovo, que afirmou “respeitar os resultados” da votação de 2014 sem tomar medidas legais, esperou aqueles anos na tentativa de resolver o conflito através dos canais diplomáticos.