O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse este domingo no Sobral de Monte Agraço que o aumento do Complemento Solidário para Idosos está “aquém das necessidades”, defendendo um aumento das reformas e da gratuitidade dos medicamentos a todos os reformados.

O aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI)foi um passinho aquém das necessidades”, afirmou Paulo Raimundo, durante um almoço com cerca de meia centena de militantes e simpatizantes no Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa.

Para o líder comunista, “o Governo tinha condições para ir mais longe”, atribuindo um CSI a 14 meses (em vez de 12) e a exclusão dos rendimentos do cônjuge para a atribuição do apoio, à semelhança do que aconteceu com os rendimentos dos filhos.

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O secretário-geral do PCP defendeu que a gratuitidade dos medicamentos para os beneficiários do CSI, abrangendo 140 mil pessoas, deveria ser também alargada a todos os reformados, cerca de 2,5 milhões de pessoas.

“Ficam de fora mais de dois milhões de pessoas e uma parte delas tem necessidades brutais de acesso aos medicamentos e que, muitas vezes, não tendo o CSI, tem de optar entre comer ou aceder a medicamentos”, disse.

“Isto não vai lá com o subsídio A ou B, mas com o aumento geral das reformas e das pensões”, considerou Paulo Raimundo.

O secretário-geral lembrou que o PCP propôs um aumento mínimo de 70 euros nas reformas e pensões para este ano “para fazer face ao aumento brutal do custo de vida, quando, mais uma vez, o custo do cabaz alimentar voltou a subir”.