Um homem entrou na manhã desta quinta-feira na sede do Chega, na rua Miguel Lupi, em Lisboa, a afirmar que tinha uma bomba na mochila que transportava. A informação foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada por fonte oficial da PSP ao Observador. Horas depois, a mesma força policial confirmou que não foi encontrado qualquer explosivo no edifício ou na mochila que o suspeito transportava.

Devido ao tipo de ocorrência foi acionada a Unidade Especial de Polícia, nomeadamente as valências do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo e do Grupo Operacional Cinotécnico.

O suspeito, que transportava uma mochila, entrou na sede do Chega, circulando pelos vários pisos, desconhecendo-se se teria depositado algum dispositivo no interior do edifício. A força policial evacuou o edifício e cortou a circulação na rua do centro de Lisboa, chegando uma ala da Assembleia da República a ser evacuada por precaução.

Fonte policial apontou um “discurso incoerente” do suspeito, que foi intercetado na chegada da autoridade ao local. A PSP admitiu quase de imediato a hipótese de o homem de 59 anos ser “internado ao abrigo da lei da saúde mental”.

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Em comunicado, a PSP afirma que deu por finalizada a resolução do incidente ao início da tarde de quinta-feira. “Tendo em conta o comportamento e discurso incoerente apresentado aos polícias que intercetaram o suspeito de 59 anos, foi o mesmo identificado e conduzido ao Hospital São Francisco Xavier para avaliação clínica, onde ficou internado”, lê-se na síntese da ocorrência.

Já saiu o segundo episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui o primeiro episódio.]

Ventura condena “escalada de violência” e diz que vai “reavaliar segurança” na sede do partido

André Ventura está atualmente na Madeira a propósito da campanha eleitoral para as eleições regionais do próximo domingo. “Fui informado agora (…) de que alguém teria entrado ou tentado entrar na nossa sede, disse que transportava um engenho explosivo e que me quereria matar”, disse André Ventura aos jornalistas no Funchal.

Fonte oficial do Chega relata que, por volta das 11h00 desta quinta-feira, um homem entrou no edifício e pediu para falar com André Ventura, informando que transportava um explosivo na mochila. Os funcionários do partido presentes chamaram de imediato a PSP, que mal chegou ao local neutralizou o suspeito.

“É lamentável que esta escalada de violência possa continuar, vamos reavaliar a própria segurança que temos na sede”, apontou o deputado, informando que iria manter contacto com as autoridades para conhecer os desenvolvimentos do caso.

Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, falou aos jornalistas a partir do Parlamento para expressar “palavra de solidariedade ao partido Chega”. “Tive já ocasião de contactar o líder e o líder parlamentar para expressar esta nossa solidariedade”, acrescentou.