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Um total de 27 camiões contendo 371 paletes de ajuda humanitária entraram em Gaza na quarta-feira através da doca construída pelos Estados Unidos, disseram esta quinta-feira as Forças de Defesa de Israel em comunicado.

“Ontem [quarta-feira], 27 camiões contendo 371 paletes de ajuda humanitária, incluindo alimentos e equipamento de abrigo, foram transferidos para centros logísticos pertencentes a agências internacionais de ajuda na Faixa de Gaza”, acrescentaram os militares israelitas.

O Exército de Israel inspecionou 281 camiões que foram transferidos para os pontos de passagem de Kerem Shalom (sul da Faixa de Gaza) e Erez West (norte) para aceder ao enclave palestiniano.

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O carregamento terrestre inclui 45 camiões provenientes da Jordânia e 50 camiões cheios de farinha para o Programa Alimentar Mundial (PAM).

É a segunda vez que as Forças Armadas de Israel comunicam ter utilizado este acesso humanitário, um dos poucos operacionais em Gaza após o encerramento da passagem de Rafah, no extremo sul do enclave.

As Nações Unidas estão a planear novas rotas de entrega de ajuda humanitária a partir da doca flutuante recentemente construída pelos Estados Unidos.

Marinha dos EUA constrói plataforma flutuante para apoio humanitário a Gaza

Na quarta-feira, as Nações Unidas anunciaram a cessação da distribuição de alimentos em Rafah — de onde 950.000 pessoas já fugiram, segundo o Exército — uma vez que as próprias instalações da ONU e as do PAM ficaram inacessíveis devido aos ataques e à presença de tanques israelitas a leste da cidade.

Em seis meses de guerra, 90% da população de Gaza foi deslocada à força devido à grave escassez de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% das infra estruturas do enclave foram danificadas ou totalmente destruídas, segundo dados da ONU.

Além disso, mais de 35.700 pessoas morreram e cerca de 80 mil ficaram feridas, na maioria civis, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado, tal como o resto da Faixa de Gaza, pelo Hamas.

Outros 10 mil corpos continuam desaparecidos sob os escombros, segundo o Hamas.