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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, acusou esta sexta-feira a União Europeia (UE) e a NATO de estarem a preparar a Europa para entrar na guerra na Ucrânia, acrescentando que defende um acordo de paz.
“O que está a acontecer hoje em Bruxelas e em Washington é uma espécie de preparação da atmosfera para um eventual conflito armado direto. Poderíamos dizer que é a preparação da entrada da Europa na guerra”, disse Orbán em declarações à rádio pública Kossuth.
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Tanto a UE como a NATO já afirmaram diversas vezes que não procuram um confronto com a Rússia.
Orbán disse que o Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a Rússia não poderia vencer a guerra e a Polónia planeia abater, com as suas próprias armas, mísseis russos que atacam infraestruturas civis na Ucrânia.
“Esta é uma operação de comunicação em preparação para uma ação de guerra”, disse Orbán, garantindo ainda que o dia 9 de junho — data das eleições para o Parlamento europeu — decidirá entre a paz e a guerra.
O Governo húngaro, o aliado mais próximo de Moscovo na UE, garante que é a favor de um acordo de paz com a Rússia, mesmo que isso signifique que a Ucrânia desista do território capturado, e que não apoiará uma Ucrânia armada.
Sobre a Aliança Atlântica, Orbán explicou que “a Hungria é o país que cumpre com os estatutos da NATO. A NATO é uma aliança de defesa e os seus estatutos não falam de ações militares fora do seu território”.
A NATO operou diversas vezes fora do seu território, em missões na Bósnia ou na Líbia, algumas delas com o apoio das Nações Unidas, embora a legalidade internacional do seu ataque às posições sérvias em 1999 durante o conflito no Kosovo tenha sido questionada.
O primeiro-ministro húngaro — em campanha pelo seu partido às eleições europeias — disse que “o planeamento da guerra está a ser desenvolvido na sede da NATO”.
Por esta razão, Orbán reiterou que espera que nas eleições europeias os cidadãos enviem para o Parlamento europeu deputados que sejam a favor de um acordo de paz com a Rússia.
“Isso deve ser alcançado e o mesmo deve acontecer nas eleições dos Estados Unidos” em novembro, reiterou.