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A Assembleia Parlamentar da NATO, uma instituição independente da Aliança Atlântica, aprovou esta segunda-feira uma declaração de apoio à capacidade da Ucrânia de atacar alvos militares na Rússia também com armas fornecidas por países aliados.
Paralelamente, a mesma assembleia parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) aceitou esta segunda-feira o Kosovo como membro associado, depois de 10 anos com o estatuto de observador (2014), indicou a rádio pública búlgara a partir de Sófia, onde a assembleia encerra esta segunda-feira os trabalhos, que decorreram durante o fim de semana.
Em relação à declaração de apoio ao uso pela Ucrânia de armamento fornecido pelos aliados, o texto foi aprovado por 47 dos 56 países ou instituições que compõem o organismo, que funciona como elo de ligação entre a NATO e os parlamentos dos países membros da Aliança Atlântica.
Além dos 32 países da NATO, têm assento na instituição delegados de parlamentos parceiros ou observadores de outras nações ou organizações, como a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa ou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
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Vários países da NATO que enviaram armas à Ucrânia para ajudar o país a defender-se da invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, impuseram como condição que o equipamento não fosse utilizado para atacar posições militares em solo russo.
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Esta segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou ter chegado o momento para levantar esta restrição e argumentou que atacar alvos militares em solo russo, a partir dos quais a Ucrânia está a ser bombardeada, é uma forma de legítima autodefesa.
Caso contrário, segundo o responsável, a Ucrânia fica de “mãos atadas” para repelir a agressão russa.
“Os aliados devem decidir sobre as restrições à utilização de armas em alvos militares legítimos do outro lado da fronteira, esta não é uma questão da NATO. Mesmo agora, alguns membros têm restrições e outros não“, sublinhou Stoltenberg durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro búlgaro, Dimitar Glavchev.
“A Rússia violou a soberania de outro país. É uma violação do direito internacional, do qual todos somos signatários. A Ucrânia tem o direito de se defender. Nós, enquanto aliados, temos o direito de ajudar a Ucrânia a defender-se. No entanto, isto não significa que a NATO seja parte no conflito”, afirmou Stoltenberg.
O secretário-geral da Aliança Atlântica insistiu que a NATO não tem planos para enviar tropas para a Ucrânia, para colocar capacidades no espaço aéreo ucraniano ou para treinar tropas em solo ucraniano.
Além disso, afirmou ainda o representante, o principal objetivo da NATO é garantir que o conflito não se estenda para fora da Ucrânia ou se transforme num confronto entre a Aliança Atlântica e a Rússia.
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Sobre a adesão do Kosovo como membro associado da Assembleia Parlamentar da NATO, a Presidente kosovar, Vjosa Osmani, mostrou-se “orgulhosa” perante tal passo.
“A NATO é o destino do Kosovo e esta medida irá garantir que se escute a voz do povo mais pró-NATO do planeta”, escreveu Osmani na rede social X.
Grateful to all @natopapress members who voted in favor of upgrading Kosovo's status to that of an associate member.
— Vjosa Osmani (@VjosaOsmaniPRKS) May 27, 2024
NATO is Kosovo's destiny, and this move will ensure that the voice of the most pro-NATO people on Earth is heard.
We will continue our efforts together with our… pic.twitter.com/BRuzcttqde
Driton Hyseni, chefe da delegação kosovar na Assembleia Parlamentar da NATO, afirmou que este reconhecimento surge após vários anos de excelente cooperação com o parlamento do Kosovo.
Depois de a Rússia ter lançado a sua agressão contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, as autoridades do Kosovo, país que se separou unilateralmente da Sérvia em 2008, pediram rapidamente para aderir à NATO.
No domingo, a presidente do parlamento da Sérvia, Ana Brnabic, instou os membros da Assembleia Parlamentar da NATO a não concederem o estatuto de parceiro ao Kosovo, argumentando que isso representaria um prémio para as autoridades de Pristina nas suas tentativas de obstruir o diálogo mediado pela União Europeia (UE).
A Sérvia não reconhece a independência do Kosovo e considera que este não pode ser admitido nas instâncias internacionais.