A Polícia Judiciária deteve nesta terça-feira seis pessoas e desmantelou, juntamente com as autoridades brasileiras, uma organização internacional suspeita de desviar cerca de um milhão de euros a clientes de bancos portugueses através de fraudes eletrónicas.
Numa nota, a Polícia Judiciária (PJ) adianta que participou nesta terça-feira de manhã numa mega operação da diretoria de combate a crimes cibernéticos da Polícia Federal brasileira durante a qual foram detidos seis presumíveis autores de branqueamento de capitais e realizadas 21 buscas em cinco estados brasileiros.
A investigação da operação, denominada “Vera Cruz”, teve início em 2022, na sequência de várias queixas-crime que apontavam para uma campanha massiva de “phishing bancário” (captura ilegal de dados bancários) que terá vitimado 120 pessoas, refere a Judiciária.
A investigação foi conduzida pela PJ em colaboração com o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro, culminando numa operação, já este ano, que permitiu a detenção de oito suspeitos.
A PJ explica, no documento nesta terça-feira divulgado, que, com base na análise do fluxo financeiro, “foi possível perceber que grande parte do dinheiro obtido ilicitamente através deste tipo de crime era enviado para o Brasil, para cidadãos que vivem naquele país”.
Com base nestas informações, e com a colaboração da Financial Crime and Anti-Corruption Centre (Centro de Combate à Corrupção e Crime Financeiro — IFCACC, na sigla em inglês) da INTERPOL e da Polícia Federal brasileira, “foi possível identificar e agir contra a estrutura criminosa sediada no Brasil, processo essencial para debelar eficazmente a organização criminosa”, vinca a PJ.