A escassez de recursos humanos na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) estará a agravar-se. O jornal Expresso avança que cerca de 100 trabalhadores pediram para sair da agência — o que deverá acontecer “em breve” — e que existe dificuldade nas contratações.
Estes números baseiam-se no relatório da agência sobre a Recuperação das Pendências do SEF, a que o semanário teve acesso. No documento é revelado que a agência iniciou funções em outubro do ano passado com 714 funcionários — 41% do contingente que os organismos extintos tinham à disposição.
Associação teme que mudanças na AIMA sejam desculpa para “fechar portas”
O jornal refere que vários funcionários pediram transferência para outros serviços do Estado. “Existem vários pedidos de mobilidade, estimando-se que possam representar a saída de 100 trabalhadores”, é citado.
Foram publicados em Diário da República, esta sexta-feira, vários procedimentos concursais para cargos de direção intermédia de 1.º grau para a Agência para a Integração, Migrações e Asilo, I. P.
Quando o SEF foi extinto, haveria mais de 3.200 processos de proteção humanitária pendentes, 4 mil pedidos de asilo e quase 15 mil pedidos ligados à obtenção de nacionalidade. Fontes ouvidas pelo jornal referem que haverá “muito além de meio milhão” de manifestações de interesse na legalização e que o número de processos pendentes continua a agravar-se: chegam à AIMA cerca de 20 mil novos pedidos por mês, quase 700 por dia.