Uma jovem atirou um milkshake contra Nigel Farage esta terça-feira, durante uma ação de campanha em Clacton-on-Sea, em Essex, na costa de Inglaterra. Farage, que anunciou esta segunda que é candidato ao Parlamento britânico, foi atingido pela bebida quando saía de um pub onde lançou a campanha, com vários apoiantes na plateia.

Nigel Farage anuncia candidatura ao Parlamento britânico

As imagens mostram Farage a ser surpreendido com a bebida — um milkshake de banana, especifica a Sky News –, ficando com o fato sujo. A bebida também atingiu o autocarro da campanha.

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Foram detidas duas pessoas após o incidente. Numa nota divulgada pela polícia de Essex, é explicado que “uma mulher de 25 anos, de Clacton, foi detida no local por suspeitas de ataque”, após ter sido notificado às autoridades por volta das 14h10 que “um homem tinha sido atingido por uma bebida quando saía do local”, o pub Moon and Starfish. “Enquanto os agentes respondiam ao incidente e faziam a detenção, um segundo indivíduo, um homem, foi detido por suspeitas de estar a agredir um trabalhador de emergência”. As duas pessoas estão detidas para interrogatório.

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Após o incidente, Nigel Farage fez uma piada num vídeo que partilhou nas redes sociais. “O meu milkshake traz toda a gente ao comício”, disse enquanto segurava um copo da cadeia de restaurantes de comida rápida McDonald’s, numa referência à conhecida música da cantora Kelis. A diferença é que, no tema de 2003, a norte-americana dizia “my milkshake brings all the boys to the yard”. 

Esta não é a primeira vez que Farage, um dos principais rostos da campanha do Brexit, é atingido por uma bebida. Em 2019, um homem de Newcastle teve de pagar 350 libras (411 euros) por ter atirado um milkshake de banana e caramelo salgado contra o político. Nessa ocasião, a cadeia de fast food escolhida foi outra: a Five Guys.

Ação “inaceitável” e uma “agressão vergonhosa”

Em reação, James Cleverly, o ministro da Administração Interna, considerou o ataque a Farage “inaceitável, tal como seria com qualquer outro candidato”. “Não há desculpa para recorrer a um comportamento deste. Podemos estar em desacordo, mas debatemos e depois votamos. A democracia é isso”.

Já Yvette Cooper, do Partido Trabalhista, classificou a agressão como “vergonhosa”. “É completamente inaceitável e errado. Ninguém deve enfrentar esta intimidação ou ataque durante uma campanha eleitoral”, cita a Sky News.