Os sindicatos representativos dos trabalhadores da EDP abandonaram esta quarta-feira em bloco uma reunião com a administração, por ter apresentado a mesma proposta nas negociações para a resolução de problemas pendentes, como a valorização das carreiras.
A administração da elétrica reuniu-se esta quarta-feira com sete sindicatos para uma reunião de negociação das reivindicações dos trabalhadores, incluindo as progressões de carreira, mas, segundo disse à Lusa Joaquim Gervásio, da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), a proposta que a EDP pôs em cima da mesa era igual à última.
“Vieram com a mesma proposta do costume e os sindicatos abandonaram a reunião”, disse o representante sindical, adiantando que as estruturas vão agora analisar “outras formas de pressão”.
Joaquim Gervásio disse que os sindicatos estranharam a apresentação da mesma proposta, uma vez que há cerca de duas semanas a EDP pediu o adiamento de uma reunião, alegando que não tinha condições para apresentar uma nova proposta.
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Em 8 de março, os trabalhadores da EDP fizeram um dia de greve, em protesto pela forma como tem decorrido o processo de negociações com a empresa.
Na ocasião, os sindicatos alertaram para situações de entradas recentes de trabalhadores na empresa que ultrapassavam o nível da base remuneratória dos mais antigos.
Os sindicatos defendem que “todos os trabalhadores devem ter a possibilidade de alcançar o topo da carreira antes de chegarem à idade de reforma”, conforme realçaram num comunicado divulgado no final de maio.
Após a greve, a EDP propôs que fossem retomadas as reuniões com os sindicatos para negociar temas em aberto, incluindo a carta reivindicativa e as progressões de carreira.