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Os países que compõem a União Europeia (UE) chegaram esta quinta-feira a acordo em relação ao 14.º pacote de sanções contra a Rússia, que pela primeira vez vai incluir restrições ao gás natural liquefeito.

Como explica a Agência Reuters, o pacote inclui uma medida que impede o transbordo de gás natural liquefeito (GNL) em portos europeus, limitando a revenda daquele produto a outros mercados — mas não impede a importação de GNL russo para o espaço europeu.

Especialistas citados pela agência dizem que a medida, embora seja a primeira direcionada para esta importante fonte de receita da Rússia, terá pouco impacto, já que as exportações de GNL para a Ásia que passam por portos europeus representam apenas 10% da totalidade das exportações russas daquele gás.

Logo em 2022, os países da UE implementaram sanções direcionadas ao petróleo russo e ao gás natural importado através de gasodutos, mas não ao GNL, que chega através de via marítima.

Portugal, por exemplo, recebe pontualmente gás natural liquefeito oriundo da Rússia, designadamente através do Porto de Sines, como aconteceu em maio deste ano, quando após seis meses sem importação de gás russo aquele porto recebeu um navio com GNL russo.

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Portugal voltou a importar gás russo seis meses após a última descarga

Outras medidas incluídas no pacote incluem restrições à construção de terminais de GNL pela Rússia com dinheiros europeus e outras medidas noutros setores, incluindo contra exportações de componentes de duplo uso e, no geral, várias medidas que procuram mitigar a capacidade de as empresas contornarem sanções já existentes.

Numa mensagem publicada no Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou o acordo alcançado para um pacote de sanções que vai “privar a Rússia de acesso a tecnologias-chave” e ainda “retirar à Rússia ainda mais receitas da energia”.