O Dicastério para a Doutrina da Fé do Vaticano anunciou esta sexta-feira a excomunhão do arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, acusado de cisma, de ataques ao Papa e de não reconhecer a autoridade de Francisco.

“São conhecidas as suas declarações públicas, a sua recusa em reconhecer e submeter-se ao Papa, à comunhão com os membros da Igreja e à legitimidade da autoridade do Concílio Vaticano II“, afirmou o Dicastério num comunicado, declarando o “monsenhor” culpado do crime de cisma.

O cisma é caracterizado por uma divisão entre pessoas, geralmente pertencentes a uma organização, movimento ou denominação religiosa.

Escândalos sexuais e uma guerra de poder dentro do Vaticano. O Papa Francisco enfrenta o seu “momento extraordinário”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em 2018, Viganò pediu a renúncia de Francisco, devido ao suposto “encobrimento” do caso que envolvia o ex-cardeal Theodore McCarrick, que o papa posteriormente destituiu por acusações de agressão sexual.

Viganò é também um dos conservadores católicos que criticou Francisco por abrir a Igreja aos homossexuais e aos divorciados que se casaram novamente.

Ex-cardeal e ex-arcebispo de Washington McCarrick acusado de agressão sexual de adolescente

Viganò, de 83 anos, era representante do setor mais conservador da Igreja Católica e foi nomeado arcebispo em 1992 pelo Papa João Paulo II.

Posteriormente, entre outros cargos, foi núncio apostólico (embaixador) na Nigéria até 1998 e também nos Estados Unidos entre 2011 e 2016.

“Há uma campanha organizada pelos ultraconservadores para ferirem de morte o Papa Francisco”