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O Presidente eleito iraniano, Massoud Pezeshkian, declarou nesta segunda-feira apoio ao grupo xiita libanês Hezbollah e condenou as “políticas belicistas e criminosas” de Israel contra os palestinianos e outros povos do Médio Oriente.

“A República Islâmica do Irão sempre apoiou a resistência do povo da região contra o regime sionista ilegítimo“, disse Pezeshkian, referindo-se a Israel, numa mensagem dirigida ao líder do movimento libanês, Hassan Nasrallah, reproduzida pela agência nacional de notícias IRNA.

“O apoio à resistência está ancorado nas políticas fundamentais da República Islâmica do Irão”, acrescentou o reformador Pezeshkian, que venceu no sábado as eleições presidenciais contra o ultraconservador Said Jalili.

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O Presidente eleito expressou confiança no “movimento de resistência” para não permitir que Israel, inimigo do Irão, “continue as suas políticas agressivas e criminosas” contra a Palestina e outras nações da região.

O porta-voz da diplomacia iraniana, Nasser Kanani, já tinha declarado que a República Islâmica “não hesitará em apoiar a nação libanesa e a segurança deste país no momento apropriado”.

“O regime sionista deve estar ciente das consequências de qualquer ação aventureira na região, particularmente no que diz respeito ao Líbano”, acrescentou.

Israel e o Hezbollah, aliado do grupo islamita palestiniano Hamas e de Teerão, têm trocado tiros quase diariamente em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, aumentando o receio da eclosão de um novo conflito regional.

As eleições presidenciais do Irão, marcadas para 2025, foram antecipadas pela morte do Presidente Ebrahim Raissi num desastre de helicóptero em maio.

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Nasrallah felicitou Pezeshkian no sábado pela sua eleição, enfatizando o papel de Teerão como um forte apoiante dos grupos hostis a Israel na região.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, avaliou que o resultado da votação constituiu uma “mensagem clara de exigência de mudança e oposição” do povo iraniano.

O Irão realizou um ataque sem precedentes com “drones” e mísseis contra Israel em 13 de abril, afirmando ter agido em autodefesa após o bombardeamento que destruiu o seu consulado em Damasco e matou sete militares iranianos, incluindo dois altos oficiais.

Israel nunca confirmou nem negou o seu envolvimento neste ataque, ao mesmo tempo que prossegue a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, em resposta ao ataque que o grupo palestiniano executou em solo israelita em 7 de outubro, matando quase 1.200 pessoas e levando mais de 200 como reféns.

O conflito no território palestiniano já custou a vida de mais de 38 mil pessoas, na maioria civis, e desencadeou uma catástrofe humanitária, ameaçando alastrar-se ao Líbano e a outros países da região.