Vários sindicatos do gestor dos aeroportos que servem Paris, o grupo ADP, anunciaram nesta segunda-feira uma greve no dia 17 de julho, cerca de dez dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos.

Os sindicatos que convocaram a greve (CGT, CFDT, FO e Unsa) acusam o diretor executivo da ADP, Augustin de Romanet, de ter dado um incentivo apenas a uma parte dos trabalhadores do grupo, reivindicando agora que seja aplicado a todos.

Os representantes dos trabalhadores defendem que se verificou uma “deterioração das condições de trabalho”, e exigem um “bónus para todos os funcionários”, um plano de contratação “massivo” de 1.000 postos e a garantia de poder gozar folgas durante os Jogos Olímpicos.

O grupo ADP emprega 570 mil pessoas em França, concentradas nos aeroportos de Charles de Gaulle-Roissy (403.300), Orly (157.440) e Le Bourget (10.120).

A greve surge pouco antes da realização dos Jogos Olímpicos em Paris, já que o fluxo aumenta consideravelmente neste período, com os trabalhadores a pedir garantias de que os serviços não vão ficar sobrecarregados e de que o esforço será recompensado.

As organizações sindicais já têm vindo a pedir mais meios para organizar o trabalho durante o evento e, numa assembleia geral na sexta-feira, quase 300 funcionários “apoiaram a decisão unânime dos sindicatos de interromper a sua participação em todas as formas de reuniões com a gestão”, disseram os sindicatos.

Em reação ao anúncio, a administração sinalizou que “esta greve não deve levar ao cancelamento de voos”.

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