Dezenas de laureados com o Prémio Nobel apelam numa carta aberta ao presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, para que liberte todos os presos políticos, depois de 18 ativistas, gravemente doentes, terem sido libertados este mês, noticia a agência AP.

De acordo com o grupo bielorrusso Viasna, que defende os direitos humanos, contabilizam-se atualmente 1.400 presos políticos, incluindo o seu fundador e vencedor do Prémio Nobel da Paz, Ales Bialiatski.

Encontram-se detidas muitas das figuras de maior relevo da oposição bielorrussa, sendo que muitas acabaram por fugir para o estrangeiro, ao mesmo tempo que as autoridades reprimiam severamente os opositores, especialmente durante os protestos que assolaram o país em 2020.

No entanto, no início deste mês o regime de Alexander Lukashenko permitiu a libertação de 18 prisioneiros, sendo que nestes estava apenas um com maior peso na oposição política.

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No seguimento deste processo de libertação, uma carta aberta subscrita por dezenas de laureados com o Prémio Nobel vem apelar ao presidente da Bielorrússia que liberte os restantes prisioneiros.

“Você tem uma oportunidade única de virar a página do passado e entrar na história não apenas como um governante intransigente, mas também como um líder político que demonstrou sabedoria e compaixão, responsável pelo seu povo e pelo seu futuro”, pode ler-se na missiva, publicada na página da internet do cientista político bielorrusso Dmitry Bolkunets.

Os 58 signatários desta carta incluem os vencedores do prémio de Literatura Svetlana Alexievich, J.M. Coetzee, Herta Müller e os laureados com o prémio da paz Mairead Corrigan Maguire, Oscar Arias, Jody Williams, Shirin Ebadi, Tawakkol Karman, Juan Manuel Santos, Dmitry Muratov e Maria Ressa.