No segundo trimestre de 2024, período em que a Tesla comercializou 443.956 veículos, menos 4,8% do que no período homólogo de 2023, o construtor norte-americano de veículos eléctricos anunciou ter alcançado 25,5 mil milhões de dólares de facturação, valor que supera os 21,3 registados no primeiro trimestre do ano, mas igualmente o fruto da actividade comercial da marca nos três trimestres anteriores, respectivamente 2.º trimestre de 2023 (24,9), o 3.º (23,3) e o 4.º (25,1). No 2.º trimestre de 2024, a Tesla conseguiu ainda uma percentagem de 18% de lucro bruto e 6,3% de EBITDA.
Para este bom resultado, conseguido apesar da queda de 4,8% das vendas no último trimestre, contribuiu o facto de a Tesla ser mais do que um construtor de veículos, uma vez que a divisão de armazenamento de energia com baterias estacionárias, também elas produzidas pela marca, contribuiu com cerca de 3 mil milhões de dólares para as receitas totais. Isto corresponde à venda de instalações de armazenamento com uma capacidade total de 9,4 GWh, o equivalente à capacidade de 94.000 veículos Tesla Model S.
Os resultados financeiros no 2.º trimestre do ano, relativos à facturação, surpreenderam pela positiva os analistas de Wall Street, superando as expectativas em 4,9%, que apontavam para 24,38 mil milhões de dólares. Se a facturação de Abril a Junho de 2024 excedeu as previsões, já o mesmo não aconteceu com os lucros. Os analistas tinham previsto uma divisão de lucros por acção entre 0,61 e 0,62 dólares por título, mas acabou por ser de apenas 0,52 dólares.
O anúncio dos resultados financeiros fez mexer o valor dos títulos da Tesla, mas nada que impedisse o construtor de ser cotado à hora do fecho a 219,80 dólares, o que corresponde a um incremento de 10% face ao valor das acções há um mês. Comparando com o preço dos títulos da marca há seis meses, a subida foi de 13%.