O ex-presidente norte-americano e candidato republicano, Donald Trump, criticou quinta-feira a troca de prisioneiros entre os EUA e a Rússia, a maior desde a Guerra Fria, acusando o atual presidente de fazer um “mau acordo”.

“É engraçado porque nunca fazemos bons acordos, em nada, muito menos quando se trata de troca de reféns. Os nossos negociadores são sempre uma vergonha para nós”, sublinhou o magnata nova-iorquino, numa mensagem na sua rede social, a Truth Social.

Trump exigiu que a administração liderada por Joe Biden “revelasse os detalhes” da troca de prisioneiros, como o número de pessoas entregues à Rússia e se foi pago dinheiro a Moscovo pela troca.

A Casa Branca detalhou que 16 prisioneiros foram libertados da Rússia e, em troca, oito prisioneiros foram libertados dos Estados Unidos, Alemanha, Eslovénia, Noruega e Polónia.

Segundo o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, o acordo não envolveu qualquer pagamento nem o levantamento de quaisquer sanções.

Entre os três norte-americanos libertados hoje está o jornalista do The Wall Street Journal Evan Gershkovich, detido na Rússia em 2023 e condenado por espionagem.

Trump tinha declarado recentemente que o presidente russo, Vladimir Putin, libertaria Gershkovich imediatamente após as eleições nos EUA, a 5 de novembro, mas apenas se o republicano fosse o vencedor.

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Durante uma declaração na Casa Branca, Biden afirmou por diversas vezes que a troca de prisioneiros, que descreveu como um “marco da diplomacia e da amizade entre países”, é uma demonstração de que os Estados Unidos devem ter aliados fortes, numa mensagem dirigida a Trump, que tem sido muito crítico em relação à NATO.

Uma operação de troca de prisioneiros entre a Rússia e vários países ocidentais permitiu a libertação de 26 pessoas.

A troca é já considerada como a maior entre Moscovo e capitais ocidentais na era pós-soviética.