[Notícia em atualização]

Quase 290 bombeiros, apoiados por seis meios aéreos, combatem esta segunda-feira de manhã o incêndio que deflagrou no sábado em Bragança, no Parque Natural de Montesinho, segundo a informação disponível no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Em declarações à Rádio Observador, o Presidente da Junta de Freguesia da Carragosa referiu que a “situação esteve muito complicada”, especialmente nas aldeias de Rabal e França, onde o incêndio esteve este domingo bastante próximo de zonas habitacionais. Sobre o atual clima na região, Élio Vaz criticou o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (INCF) por impedir a realização de medidas de manutenção no local. “A Junta quer fazer várias manutenções no parque”, nomeadamente na “limpeza dos asseiros e expansão dos caminhos”, com vista a melhorar os acessos para um combate mais eficaz aos incêndios, porém “o INCF não deixa. Por isso é que estas tragédias estão a acontecer a nível nacional“.

Incendio em Bragança. Autarca acusa “ICNF de não deixar fazer manutenção do Parque Natura de Montesinho”

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Também o Comandante dos Bombeiros de Bragança Carlos Martins falou com a Rádio Observador sobre o panorama atual em Montesinho. “O incêndio está mais calmo do que ontem. Ainda existem duas frentes: uma com o perímetro quase todo feito com recurso a máquinas de arresto, e outra numa zona de escarpa (de difícil acesso) em que este tem de ser feito com ferramentas manuais”. Questionado sobre as principais dificuldades do combate às chamas, o comandante reforçou a dificuldades dos acessos e a intensidade e rotatividade do vento — algo que diz ser “comum a quase todos os parques nacionais”.

Por fim, Carlos Martins confirmou que não existem povoações em risco neste momento nem há feridos ou danos materiais até agora.

Acessos complicados dificultam o combate ao incêndio no Parque Natural de Montesinho

À Lusa, o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, disse que durante a noite a situação não sofreu grandes alterações, tendo-se até “desagravado um pouco”. Contudo, houve de manhã um reforço de meios e, pelas 9h00, estavam no local 289 bombeiros, apoiados por 96 viaturas e seis meios aéreos.

Foi uma noite sem dormir, de grande preocupação e ansiedade. Já ardeu uma grande mancha de mato, mas também de castanheiros e carvalhos”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Rabal Jaime Loureiro, citado pelo Jornal de Notícias.

O alerta de fogo foi dado às 19h55 de sábado e, ao início da madrugada de domingo, passou a ter duas frentes ativas.

Este é o incêndio que mais meios mobiliza, depois de o fogo de Vimioso, no distrito de Bragança, onde pelas 9h00 estavam 214 elementos dos bombeiros apoiados por 73 viaturas, ter sido dado como dominado ao início da manhã desta segunda-feira.