A Polónia assinou esta terça-feira um acordo com a fabricante aeronáutica norte-americana Boeing para a compra de 96 helicópteros de combate Apache, um contrato avaliado em 9,14 mil milhões de euros.

O valor desta compra “histórica (…) de 96 helicópteros de ataque e de combate ultramodernos, os AH-64E Apache” é de “10 mil milhões de dólares [9,14 mil milhões de euros]”, declarou o ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, numa cerimónia oficial.

“Esses 10 mil milhões de dólares são uma garantia para o nosso país, uma garantia para a nossa liberdade”, sublinhou o vice-ministro da Defesa, Pawel Bejda.

Os Apaches substituirão os helicópteros Mi-24 de fabrico soviético e o contrato faz da Polónia o maior utilizador destes aparelhos em todo o mundo, depois dos Estados Unidos.

Trata-se de um novo contrato importante no contexto da modernização do exército polaco, acelerada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Para preparar esta compra, a Polónia assinou na semana passada acordos de compensação industrial com as empresas norte-americanas Boeing e General Electric.

Estes acordos implicam a transferência de competências de manutenção dos helicópteros para fábricas polacas, num valor total de cerca de 215 milhões de euros.

Como Estado vizinho e apoiante da Ucrânia, a Polónia vai gastar mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) na defesa este ano, uma soma de cerca de 33 mil milhões de dólares (30,2 mil milhões de euros, ao câmbio atual). A percentagem em gastos com a defesa corresponde ao dobro dos 2% exigidos pela NATO, de que a Polónia é membro.

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A Polónia está também a realizar uma série de grandes compras de equipamento militar, no valor de milhares de milhões de dólares, principalmente aos Estados Unidos e à Coreia do Sul.

Na segunda-feira, o governo polaco assinou um acordo no valor de 1,13 mil milhões de euros para a produção de 48 lançadores do míssil antiaéreo norte-americano Patriot para reforçar a defesa face a eventuais ameaças russas.

Os lançadores M903 serão produzidos na Polónia, segundo o acordo assinado entre a empresa norte-americana Raytheon e o grupo polaco Huta Stalowa Wola, e deverão ser entregues ao exército polaco entre 2027 e 2029.

“Este contrato reforça a segurança da Polónia”, declarou o ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, na cerimónia de assinatura, citado na segunda-feira pela agência francesa AFP.

Já na sexta-feira, Varsóvia tinha assinado um acordo com Washington para a compra de várias centenas de mísseis ar-ar AIM-120C AMRAAM.