Sebastião Bugalho só falou de Europa, mas não resistiu ao combate político nacional e atacou Pedro Nuno Santos na Universidade de Verão do PSD. Durante a intervenção na rentrée política do PSD em Castelo de Vide, o eurodeputado criticou o facto de o líder do PS dizer que António Costa é “o primeiro presidente do Conselho Europeu com peso político”, ignorando Donald Tusk que “acabou de tirar a extrema-direita do poder na Polónia”. E questiona: “Não leu os jornais? Esqueceu-se? Não se apercebeu?” Qualquer uma das três opções, acrescenta Bugalho, “não é bom sinal para quem tem de liderar o segundo maior partido” nem sinal de alguém “apto a liderar um partido na Europa nos dias de hoje.”
Sobre a União Europeia, Sebastião Bugalho diz que, pela primeira vez, o bloco europeu quer “acordar antes de tocar o despertador”. E que isso foi uma das razões que o levou a “não resistir à tentação” de aceitar ser o cabeça de lista da AD às eleições europeias. O eurodeputado do PSD destacou depois que Portugal tem “uma vantagem em relação a outros Estados-membros”, já que há uma sensibilidade portuguesa e “pró-portuguesa” nas instituições comunitárias.
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“A presidente da Comissão Europeia é amiga de Portugal, a presidente do Parlamento Europeu é amiga de Portugal e o presidente do Conselho Europeu [António Costa] é obviamente amigo de Portugal. Temos de tirar partido disso”, defendeu Bugalho.
O porta-voz dos eurodeputados do PSD no Parlamento Europeu dá depois outros exemplos da influência portuguesa, puxando dos galões do próprio resultado. “Portugal tem sete deputados no PPE, que é o partido que conta. França e Holanda tem menos deputados que Portugal”, afirma o eurodeputado.
Sebastião Bugalho sugeriu ainda que Ursula Von der Leyen decidiu criar um comissário europeu para a área da habitação, em parte, porque essa foi uma prioridade da campanha da AD. Até porque, lembra, só em Portugal havia um partido do PPE que tinha essa prioridade na campanha das europeias.