Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia
Um caça F-16 fornecido à Ucrânia pelos seus aliados despenhou-se na segunda-feira, poucas semanas depois dos primeiros equipamentos terem chegado a Kiev. A informação foi avançada pelo Wall Street Journal, que cita uma fonte norte-americana.
A fonte, que falou ao jornal norte-americano sob condição de anonimato, disse que o caça não terá sido atingido por fogo inimigo, apesar de o incidente ter coincidido com um ataque massivo russo. As primeiras informações apontam que a queda e consequente destruição do F-16, um modelo norte-americano, resultou provavelmente de um erro do piloto.
No dia da queda do F-16 a Rússia disparou 127 mísseis e 109 drones, tendo o Presidente ucraniano confirmado que os recém adquiridos caças foram usados para os repelir. Foram abatidos 102 mísseis e 99 drones, como lembra o Kyiv Independent. “É incrível vê-los em ação”, comentou o analista finlandês Joni Askola, citado pela Forbes.
[Já saiu o quinto episódio de “Um Rei na Boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube. Também pode ouvir aqui o primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto episódios]
O Wall Street Journal questionou as autoridades ucranianas e norte-americanas sobre o caso. A Força Aérea ucraniana não confirmou o acidente e recusou perguntas sobre o que aconteceu ao piloto. Já o Pentágono remeteu as questões para a Ucrânia.
Os primeiros F-16 chegaram a Kiev no início de agosto, dois anos depois do início da invasão russa começar, após muita insistência das autoridades ucranianas e da luz verde do Presidente norte-americano, Joe Biden, para as entregas. “Ouvimos muitas vezes a palavra ‘impossível’. Agora é uma realidade”, declarou o Presidente Volodymyr Zelensky no dia em que os caças se estrearam nos céus ucranianos. A destruição de um modelo é, por isso, um golpe para o país, nota o Wall Street Journal.
As autoridades ucranianas não divulgaram o número de F-16 que já foram entregues. No entanto, uma fonte norte-americana chegou a revelar que já estão seis em território ucraniano dos cerca de 80 que foram prometidos pela Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Noruega.