A ministra da Administração Interna assinou esta segunda-feira o despacho que dá início ao processo legal para o pagamento das indemnizações aos familiares dos cinco militares da GNR que morreram na queda do helicóptero no rio Douro, na última sexta-feira.

Através de um comunicado, Margarida Blasco diz ter “acompanhado, de perto, as famílias e ter participado nos funerais dos cinco militares da GNR, que faleceram na passada sexta-feira, dia 30 de setembro, na sequência da queda, no rio Douro, de um helicóptero onde seguiam militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), que regressavam de uma operação de combate a um incêndio rural que lavrava em Baião”.

O Governo, através da Ministra da Administração Interna, iniciou, assim, “o procedimento que pretende seja o mais célere possível, sendo que, no cumprimento da legalidade, tudo se fará para que assim o seja”.

Uma queda que pareceu uma “bomba”, o relato do piloto do helicóptero e as buscas intermináveis. As 28 horas a seguir à tragédia no rio Douro

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“O Governo não esquece, nem poderia esquecer, quem deu a sua vida pelos outros, ao serviço da comunidade. Sendo certo que nada poderá compensar a perda de uma vida humana, há, porém, a determinação e garantia de prestar toda a ajuda e apoio às famílias das vítimas, que foram devastadas por tamanha tragédia”, lê-se na nota.

Um helicóptero de combate a incêndios caiu ao final da manhã da passada sexta-feira no rio Douro quando regressava de um incêndio em Gestaçô, Baião. Dos seis tripulantes da aeronave só o piloto foi resgatado com vida. As buscas por todos os corpos duraram mais de 24 horas, com o corpo do quinto militar a ser localizado no sábado.

No próprio dia da tragédia, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cancelou a agenda oficial e deslocou-se ao centro de comando onde estavam a ser coordenadas as operações. Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi até lá e acabou mesmo por ser transportado numa lancha até ao local onde o helicóptero se despenhou.