Uma comitiva do Chega, da qual André Ventura não fará parte, vai à reunião sobre o Orçamento do Estado convocada pelo Governo para a próxima quarta-feira, apurou o Observador. O partido retirou-se das negociações, assegura que continua indisponível para viabilizar o Orçamento do Estado, mas vai estar presente na reunião para tomar conhecimento das informações que o Executivo de Luís Montenegro terá para dar.

Tal como na primeira ronda, na reunião entre o Governo e o Chega, André Ventura também não marcará presença. Nessa altura, Luís Montenegro esteve ausente por motivos de saúde, mas sabe-se agora que o primeiro-ministro também não estará na segunda ronda, pelo que Pedro Nuno Santos optou por não estar presente. Quanto ao Chega, a comitiva do partido será constituída pelos deputados Rui Afonso, Filipe Melo e Pedro Pinto, também líder parlamentar do partido.

Fonte da direção do Chega revelou ao Observador que o partido mantém a mesma posição — “zero negociações” com o Governo sobre o Orçamento do Estado — e que apenas marcará presença por “respeito” e para receber as informações que o Executivo tem para dar, designadamente sobre o cenário macroeconómico.

Recorde-se que André Ventura acusou o Governo de “agressão democrática” e de “provocação” quando o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou que tinha convocado os partidos para a reuniões sobre o Orçamento do Estado no dia das jornadas parlamentares do Chega. Horas mais tarde, o Executivo veio propor nova data e adiou a conversa com o partido de Ventura para quarta-feira, altura em que o Chega já está de regresso à Assembleia da República.

Ventura acusa Governo de “agressão democrática”: “Não há limites para a provocação”

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