Luís Marques Mendes considera “estranho” e “insólito” que o Governo ainda não tenha falado publicamente sobre a fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus. Para o antigo líder social-democrata e atual conselheiro de Estado, a ministra da Justiça, Rita Júdice, já deveria ter prestado esclarecimentos sobre o sucedido.

“A situação não pode ser desvalorizada. Estamos a falar de reclusos muito perigosos e de uma prisão de alta segurança. Como é que é possível?”, começou por questionar Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário, na SIC.

A seguir, Luís Marques Mendes defendeu que este é o momento para que o país conheça e reflita sobre a segurança dos estabelecimentos prisionais em todo o território nacional. “O país vai querer mais do que um inquérito”, antecipou o comentador. O conselheiro de Estado manifestou, por fim, reservas em relação à forma como o Governo está a gerir todo o caso.

“É muito estranho, para não dizer insólito, que, passadas 24 horas, o Governo não tenha dito uma palavra. Em particular, a ministra da Justiça. Não é o Governo que tem culpa nesta fuga. Mas é o Governo que está em funções. Os ministros são para as ocasiões fáceis, mas também são para os momentos difíceis. A ministra já deveria ter dado a cara e explicações aos portugueses. Acho inexplicável”, defendeu Marques Mendes.

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Ainda antes do comentário de Luís Marques Mendes, numa nota enviada ao Observador, o gabinete da ministra da Justiça esclareceu que Rita Júdice só tomará uma posição sobre a fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, Alcoentre, quando “tiver na sua posse toda a informação que pediu”.

Nessa nota, o Ministério de Rita Júdice sublinha que espera receber essa informação “em breve” — sem especificar que dados foram pedidos e a que instituições em concreto — e admite que, nesse momento, poderá tomar “decisões” sobre o caso.

Ministra da Justiça promete “conclusões e decisões” sobre fuga de Vale de Judeus para “breve”. Primeiro, quer analisar “toda a informação”