O tufão Yagi enfraqueceu este domingo e passou a depressão tropical, numa altura em que estão contabilizados 21 mortos no Vietname, onde causou danos consideráveis, incluindo deslizamentos de terras.
O Yagi, que devastou esta semana várias regiões da China e das Filipinas, causando pelo menos 24 mortos e dezenas de feridos, atingiu o norte do Vietname no sábado, com ventos superiores a 150 quilómetros por hora.
No Vietname, matou 21 pessoas e feriu 229, revelou este domingo a imprensa estatal.
Segundo aquela fonte, na noite de sábado, uma família de quatro pessoas morreu num deslizamento de terras na província montanhosa de Hoa Binh, no norte do Vietname.
O deslizamento de terras ocorreu após várias horas de chuva intensa causada pelo tufão, quando uma encosta cedeu e engoliu uma casa, informou o VNExpress, citando as autoridades locais.
O proprietário da casa, de 51 anos, conseguiu escapar, mas a sua mulher, filha e dois netos ficaram soterrados e os seus corpos foram encontrados pouco depois.
De acordo com o Departamento de Salvamento e Assistência do Ministério da Defesa, várias outras pessoas morreram, esmagadas pela queda de árvores, deslizamentos de terras e barcos à deriva.
Este domingo, seis pessoas, incluindo um recém-nascido e um menino de um ano, morreram num deslizamento de terras na cidade de Sa Pa, nas montanhas de Hoang Lien Son, no noroeste do Vietname.
Entretanto, a agência meteorológica vietnamita desclassificou o Yagi de tufão para depressão tropical, enquanto vários bairros da cidade portuária de Haiphong se encontravam debaixo de meio metro de água e a eletricidade foi cortada, com linhas e postes danificados, segundo os jornalistas da AFP.
Na Baía de Ha Long, Património Mundial da UNESCO, a cerca de 70 quilómetros da cidade, os pescadores estavam em choque com os danos causados pelo tufão na manhã deste domingo.
Na província de Quang Ninh, perto da baía de Ha Long, cerca de trinta embarcações da zona ficaram gravemente danificadas ou afundaram-se, informaram as autoridades.
O tufão destruiu também cerca de 3.300 casas, mais de 100 mil hectares de arroz e outras culturas, bem como numerosas infraestruturas de aquicultura na região.