A investigação das autoridades ao esfaqueamento de seis alunos de terça-feira na Escola Básica da Azambuja concluiu que o rapaz de 12 anos pesquisava sites nazi, revelou uma fonte próxima do processo ao Expresso, que expressou preocupação com a condição psicológica da criança.

Apesar de a investigação ainda estar numa fase inicial, os investigadores já relacionaram os conteúdos ideológicos consumidos online com o ataque aos colegas da escola, considerando que o rapaz se deixou “influenciar pelo ideário nazi com informação que se encontra facilmente na internet em fontes abertas”, relatou a fonte ao jornal. A investigação ainda não excluiu a possibilidade de a influência também ter partido de outras pessoas com quem interagiu em espaços online.

Outra conclusão que já foi retirada é que o estudante “é uma criança que não está bem a nível psicológico e emocional”. A mesma fonte adianta que tinha “pensamentos terríveis” e “não tinha maturidade para processar as leituras”.

Centro educativo em regime aberto, ficar em casa ou voltar à mesma escola. Que medidas podem ser aplicadas ao menor que atacou colegas?

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Estas conclusões preliminares resultam da entrevista que a Polícia Judiciária fez ao aluno do 7º ano depois de ter sido detido, ainda dentro do escola. O Expresso avança que não se tratou de um interrogatório, mas de uma conversa informal com as autoridades, que terão ficado surpreendidas com as capacidades intelectuais da criança.

As preocupações dos investigadores com a instabilidade psicológica da criança ficaram também refletidas nas medidas tomadas na sequência do ataque. Depois de ter sido sujeito a uma avaliação psicológica no hospital de Dona Estefânia, o rapaz de 12 anos vai ser colocado num centro educativo, decidiu o Tribunal de Família e Menores de Vila Franca de Xira.

Aluno que esfaqueou colegas em escola na Azambuja colocado em centro educativo