Uma manifestação de duas organizações contra o turismo de cruzeiros em Marselha bloqueou a entrada de quatro navios no porto desta cidade francesa durante algumas horas até à intervenção das autoridades, que detiveram 21 ativistas.
De acordo com a agência noticiosa Efe, a operação foi organizada pelos grupos Extinción Rebelión e Stop Cruceros, que na sua conta na rede social X publicaram diversas imagens de como os seus membros com uma dezena de caiaques impediram o acesso dos navios ao porto, no início da manhã.
O protesto terminou com a intervenção das autoridades de Marselha, que detiveram os ativistas e transportaram as canoas para o cais, explicou o jornal local La Provence, citado pela Efe.
A intenção destas duas Organizações Não-Governamentais (ONG), entre outras posições, foi a de denunciar que as empresas que operam estes grandes navios de cruzeiro tentam “destacar os seus supostos esforços e inovações” em questões ambientais, o que “na melhor das hipóteses é uma cortina de fumo”.
Activistas ambientales bloquearon el sábado el puerto de cruceros en la ciudad de Marsella, en el sur de Francia, para protestar contra la contaminación del mar, del aire y del clima generada por estos enormes buques.
Olvidan que el Rainbow Warrior tambien contamina… pic.twitter.com/WRbecTaR6q— OK! News (@oknewsm) September 21, 2024
A justificar esta posição dão como exemplo a atual utilização de gás natural liquefeito (GNL) como combustível, que também é um combustível fóssil.
Além dessa questão, a Stop Cruises critica “o saque do precioso património marítimo que deve ser protegido pela indústria de cruzeiros”.
No caso de Marselha, a organização salienta que em 2023 chegaram à cidade 2,5 milhões de turistas em navios de cruzeiro, mais um milhão do que em 2022, e que a tendência de crescimento não para.
Os ativistas censuram a indústria dos cruzeiros por “consumir muitos recursos, poluir a atmosfera e a água, amplificar o turismo de massa, gerar muitos gases de efeito de estufa e de praticar o exílio/otimização fiscal com condições de trabalho indignas”.