A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, determinou a abertura de um inquérito para apurar eventuais responsabilidades disciplinares a um militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) que provocou desacatos que envolveram a Polícia de Segurança Pública (PSP) durante uma manifestação do grupo nacionalista e de extrema-direita 1143 em Guimarães.

Em comunicado, o Ministério da Administração Interna explica que no decurso da manifestação que decorreu este sábado, intitulada “Reconstruir Portugal”, foi “identificado um indivíduo que provocou desacatos que envolveram elementos da PSP”. “Feitas as diligências, identificou-se aquele elemento como sendo militar da GNR”, pelo que foi determinada à “Insperação-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito”.

Em resposta ao Observador, o comando nacional da GNR garante que “irá colaborar em todas as diligências que vierem a ser solicitadas” e afirma que “este tipo de manifestações são devidamente acompanhadas pelas forças e serviços de segurança, tendo existido desde o início a devida articulação entre a GNR, PSP e demais entidades”. Por sua vez, a PSP avança, numa resposta enviada à TSF, que foram identificadas três pessoas, sendo uma delas o militar da GNR, por “danos em material de gravação vídeo que estava a ser usado no local”.

Já a Insperação-Geral da Administração Interna (IGAI) confirma ao Observador que o inquérito que a ministra Margarida Blasco pediu foi “instaurado”.

O grupo nacionalista 1143, liderado por Mário Machado, marcou uma manifestação para este 5 de Outubro com o objetivo de ter a “maior manifestação nacionalista” a que o país já assistiu este ano. O protesto, que foi convocado contra a imigração, terá contado, segundo a Rádio Renascença, com a participação de cerca de 500 pessoas.

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No mesmo dia, Guimarães foi também palco de uma concentração pela “Liberdade, mobilização nacional contra o neonazismo”, que exigiu medidas para “travar a escalada do ódio”.

Manifestação nacionalista e concentração antifascista a 5 de outubro em Guimarães

*Notícia atualizada dia 8/10 com a confirmação da abertura do inquérito por parte da IGAI