O governo iraquiano anunciou esta terça-feira que o comandante da organização terrorista Estado Islâmico no Iraque foi morto numa operação especial na região nordeste do país.

O anúncio foi feito através da rede social X pelo governo iraquiano, com um comunicado assinado pelo próprio primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia’ Al Sudani.

“Congratulo o nosso honrado povo pela morte do auto-proclamado governador para o Iraque da organização terrorista Estado Islâmico e de oito dos principais líderes da organização, numa operação heroica do Serviço de Contraterrorismo e Segurança Nacional e sob a supervisão das Operações Conjuntas”, lê-se no comunicado.

A operação “visou esconderijos dos terroristas nas montanhas de Hamrin”, diz ainda o governo do Iraque.

“Apoiamos os heróis das nossas forças de segurança e afirmamos que não há lugar para terroristas no Iraque”, destaca Mohammed Shia’ Al Sudani, prometendo “perseguir” os terroristas “até aos seus esconderijos e eliminá-los, até as terras do Iraque estarem livres deles e das suas ações pecaminosas”.

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Afinal, o que é o Estado Islâmico?

O Estado Islâmico, que surgiu no início dos anos 2000 na sequência de uma dissidência dentro da Al-Qaeda, levou a cabo uma campanha de terrorismo e violência a partir do Iraque e da Síria e proclamou um califado em 2014, chegando a controlar largas partes do território daqueles dois países. No pico da sua atividade, o Estado Islâmico esteve por trás de múltiplos atentados terroristas na Europa, fazendo dezenas de vítimas mortais.

Em 2017, na sequência de uma operação de uma coligação internacional liderada pelos EUA, o Estado Islâmico foi praticamente extinto, ficando reduzido a pequenos grupos dispersos nas montanhas nas fronteiras entre a Síria e o Iraque.

Desde essa altura, várias operações das forças iraquianas e ocidentais têm visado as bolsas de resistência do Estado Islâmico e eliminado os seus líderes.

O que é o ISIS-K, o ramo afegão do Estado Islâmico autor dos ataques em Moscovo?

Já este ano, um ramo afegão do EI reivindicou o ataque ao Crocus City Hall, sala de concertos de Moscovo, onde morreram 145 pessoas e outras 550 ficaram feridas.

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