O LinkedIn foi multado em 310 milhões de euros pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC), após uma investigação concluir que os dados pessoais dos utilizadores foram usados para fazer análises de comportamento e publicidade direcionada.

Neste tipo de anúncios é apresentada publicidade específica aos utilizadores que vá ao encontro da forma como usam a rede social e que tem em conta as publicações com as quais interagem.

Em comunicado, a DPC, que é a entidade que supervisiona o processamento de dados do LinkedIn na União Europeia, refere que a decisão inclui uma reprimenda e uma ordem para parar com estas práticas, além da coima de 310 milhões.

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Desde agosto de 2018 que a entidade irlandesa analisa o processamento de dados que é feito pela rede social profissional, depois de a organização francesa La Quadrature du Net ter apresentado uma queixa. É considerado que empresa infringiu vários pontos do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), nomeadamente a questão do consentimento. A DPC diz que o LinkedIn não processou os dados de forma “legal, justa e transparente” e que não apresentou informação suficiente aos utilizadores.

“A licitude no processamento é um aspeto fundamental da proteção de dados e o processamento dos dados pessoais sem uma base legal apropriada é uma clara e séria violação do direito fundamental dos titulares à proteção de dados”, diz Graham Doyle, o vice-comissário da DPC.

O LinkedIn reagiu à multa, dizendo que acredita “que tem estado em conformidade com o RGPD” e que está “a trabalhar para garantir que as práticas de anúncios” vão cumprir com o prazo dado pela Comissão para fazer mudanças.

A Microsoft comprou o LinkedIn em junho de 2016 por 26,2 mil milhões de dólares (24,27 mil milhões de euros).