A Alemanha está a fazer um mapeamento de edifícios, incluindo propriedades privadas, que possam ser usadas como bunker para civis em caso de ataque, reporta a versão digital da revista The Berliner.
Um porta-voz do Ministério do Interior confirmou, esta segunda-feira, que estão em curso trabalhos para elaborar pontos-chave para um “conceito de abrigo nacional” e que um grupo de trabalho está a analisar a questão. O plano inclui a identificação de potenciais locais, como garagens subterrâneas, estações de metro e caves, entre propriedades públicas e privadas. “Será criada uma lista digital de todos os bunkers para que as pessoas possam encontrá-los os rapidamente usando seus telemóveis”, acrescentou a mesma fonte. Os cidadãos também serão incentivados a criar abrigos próprios em porões ou garagens, continuou.
Segundo o porta-voz do ministério, apenas 579 dos 2.000 bunkers originais da Alemanha estão atualmente disponíveis. A maioria remonta à Segunda Guerra Mundial e à Guerra Fria, com uma capacidade para acolher cerca de 480 mil pessoas. Berlim e Brandemburgo não têm abrigos públicos em funcionamento, segundo a tutela. Após a reunificação alemã, muitos dos bunkers de Berlim foram vendidos a proprietários privados e reutilizados, reporta a mesma revista.
De acordo com a agência Reuters, o plano do governo alemão está a ser desenvolvido como resposta à crescente tensão com a Rússia, desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. O jornal alemão Bild descreveu o plano como uma “ofensiva de bunker“.