Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, foi distinguida com o prémio Árvore da Vida — Padre Manuel Antunes 2023 da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), anunciou esta segunda-feira o organismo da Igreja Católica.
O prémio, atribuído anualmente desde 2005 pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura da CEP, destaca “a excelência de personalidades, percursos e obras que refletem o humanismo e a experiência cristã no mundo contemporâneo”, refere o organismo em comunicado.
“O júri (…) considerou a autenticidade e o compromisso que, desde a juventude estudantil e os inícios de docência universitária (na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, 1973-75 e 1977-82) e até aos nossos dias, sempre nortearam o projeto de vida de Leonor Beleza no sentido desse humanismo cristão”, adianta.
A CEP assinala que Leonor Beleza foi ministra da Saúde em 1985-90, deputada e vice-presidente da Assembleia da República em 1991-94 e 2002-05 e integra o Conselho de Estado desde 2008, tendo anteriormente integrado a Comissão da Condição Feminina em 1975-82, a Comissão de Revisão do Código Civil 1976-77, com particular incidência no Direito de Família, e presidido ao Comité para a Igualdade entre as Mulheres e os Homens do Conselho da Europa em 1981.
Assumindo atualmente a “condução inovadora e generosa da Fundação Champalimaud”, Leonor Beleza “tem conjugado exemplarmente o estudo e a intervenção, o discernimento ético-social e o saber jurídico, o espírito de comunidade e o serviço público”, adianta.
O historiador José Mattoso, o ensaísta Eduardo Lourenço, o poeta Fernando Echevarría, o cientista Luís Archer, a artista plástica Lourdes Castro, o cineasta Manoel de Oliveira, a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira, o arquiteto Nuno Teotónio Pereira e o pedagogo e ex-ministro Roberto Carneiro, entre outros, foram galardoados com o Prémio Árvore da Vida em edições anteriores.