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O primeiro-ministro eslovaco Robert Fico criticou António Costa, o novo Presidente do Conselho Europeu, e Kaja Kallas, a recém eleita chefe da diplomacia da União Europeia (UE), por terem declarado apoio à Ucrânia em nome da UE.
Numa chamada com Ursula Von der Leyen, nesta segunda-feira, Fico demonstrou o seu desagrado pelas manifestações de apoio proferidas por Costa e Kallas, na visita à Ucrânia, país que está a resistir à invasão russa desde fevereiro de 2022, segundo o Politico.
Mais tarde, o chefe do governo eslovaco disse aos jornalistas que “nem membros da Comissão, nem o Presidente do Conselho Europeu podem fazer declarações em nome da União Europeia, sobre as quais a União Europeia e o Conselho Europeu nunca acordaram”, acrescentado que as posições anunciadas “não correspondem a conclusões da União Europeia”.
As declarações que mereceram as críticas de Fico foram proferidas por Costa, Kallas e a nova comissária para o alargamento da UE, Marta Kos, numa visita à capital ucraniana, no domingo. No dia em que assumiu oficialmente as suas novas funções europeias, o ex-primeiro-ministro português afirmou, nas redes sociais, que “desde o primeiro dia de guerra, a UE tem estado ao lado da Ucrânia. Desde o primeiro dia do nosso mandato, reafirmamos o nosso apoio inabalável ao povo ucraniano“.
From day one of the war, the EU has stood by the side of Ukraine.
From day one of our mandate, we are reaffirming our unwavering support to the Ukrainian people.
Proud to be in Kyiv with @kajakallas and @Marta1Kos. pic.twitter.com/hlBxXCVVh7
— António Costa (@eucopresident) December 1, 2024
O primeiro-ministro eslovaco já tinha criticado publicamente Kaja Kallas nas redes sociais, na semana passada. Robert Fico acusou a nova chefe da diplomacia europeia de “não fazer segredo da sua orientação em relação aos Estados Unidos e do seu ódio declarado pela Federação Russa”.
Na semana passada, eurodeputados do partido de Fico votaram contra a constituição da nova Comissão Europeia, opondo-se dessa forma à nomeação do comissário que o próprio partido tinha escolhido, como informa o Slovak Spectator.
Socialistas europeus suspendem partidos eslovacos que se juntaram a extrema-direta
O SMER (em português, Direção) que lidera a coligação governamental na Eslováquia, afirma ser um partido de esquerda nacionalista, porém, desde as últimas eleições, tem um acordo com um partido de extrema-direita para garantir a governabilidade no país. A decisão promoveu a suspensão do SMER do grupo dos Socialistas e Democratas, no Parlamento Europeu.
Após ser eleito, em outubro do ano passado, Robert Fico, cumpriu com o prometido na campanha eleitoral e anunciou o fim do apoio militar à Ucrânia, limitando o apoio dos eslovacos a “ajuda humanitária e civil”.
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