Siga aqui o nosso liveblog que acompanha a Guerra na Ucrânia

O primeiro-ministro eslovaco Robert Fico criticou António Costa, o novo Presidente do Conselho Europeu, e Kaja Kallas, a recém eleita chefe da diplomacia da União Europeia (UE), por terem declarado apoio à Ucrânia em nome da UE.

Numa chamada com Ursula Von der Leyen, nesta segunda-feira, Fico demonstrou o seu desagrado pelas manifestações de apoio proferidas por Costa e Kallas, na visita à Ucrânia, país que está a resistir à invasão russa desde fevereiro de 2022, segundo o Politico.

Mais tarde, o chefe do governo eslovaco disse aos jornalistas que “nem membros da Comissão, nem o Presidente do Conselho Europeu podem fazer declarações em nome da União Europeia, sobre as quais a União Europeia e o Conselho Europeu nunca acordaram”, acrescentado que as posições anunciadas “não correspondem a conclusões da União Europeia”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As declarações que mereceram as críticas de Fico foram proferidas por Costa, Kallas e a nova comissária para o alargamento da UE, Marta Kos, numa visita à capital ucraniana, no domingo. No dia em que assumiu oficialmente as suas novas funções europeias, o ex-primeiro-ministro português afirmou, nas redes sociais, que “desde o primeiro dia de guerra, a UE tem estado ao lado da Ucrânia. Desde o primeiro dia do nosso mandato, reafirmamos o nosso apoio inabalável ao povo ucraniano“.

O primeiro-ministro eslovaco já tinha criticado publicamente Kaja Kallas nas redes sociais, na semana passada. Robert Fico acusou a nova chefe da diplomacia europeia de “não fazer segredo da sua orientação em relação aos Estados Unidos e do seu ódio declarado pela Federação Russa”.

Na semana passada, eurodeputados do partido de Fico votaram contra a constituição da nova Comissão Europeia, opondo-se dessa forma à nomeação do comissário que o próprio partido tinha escolhido, como informa o Slovak Spectator.

Socialistas europeus suspendem partidos eslovacos que se juntaram a extrema-direta

O SMER (em português, Direção) que lidera a coligação governamental na Eslováquia, afirma ser um partido de esquerda nacionalista, porém, desde as últimas eleições, tem um acordo com um partido de extrema-direita para garantir a governabilidade no país. A decisão promoveu a suspensão do SMER do grupo dos Socialistas e Democratas, no Parlamento Europeu.

Após ser eleito, em outubro do ano passado, Robert Fico, cumpriu com o prometido na campanha eleitoral e anunciou o fim do apoio militar à Ucrânia, limitando o apoio dos eslovacos a “ajuda humanitária e civil”.

Eslováquia anuncia suspensão das entregas de armas à Ucrânia