O Governo avançou com a nomeação de Ricardo Ferreira Reis para vice-presidente da Autoridade de Mobilidade e Transportes (AMT), apesar do parecer negativo dado pela comissão parlamentar de economia e obras públicas na sequência da audição do candidato.
As nomeações de Ricardo Reis e da Carina Oliveira foram aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros. O primeiro-ministro Luís Montenegro já tinha sinalizado que o Governo não ia recuar na escolha do economista que foi responsável pelo Centro de Sondagens da Católica, caso os argumentos do parecer parlamentar contra a sua nomeação não fossem fundamentados.
Era uma reação à cambalhota dada pelo Chega que começou por apresentar um relatório favorável à nomeação de Ricardo Reis após a sua audição, para o retirar antes da votação, alegando que tinha sido um erro de copy paste, uma vez que o partido era contra esta nomeação.
O Chega apresentou outra proposta de relatório para votação que não tinha uma recomendação de nomeação, apesar de levantar várias reservas ao candidato, mas acabou por aceitar clarificar que o seu parecer era negativo, a pedido do PS que assim votou a favor do parecer negativo à ida do economista para a AMT.
A audição e emissão de um parecer pelo Parlamento às personalidades nomeadas para os reguladores é obrigatório, mas o Governo não é obrigado a seguir as recomendações. Nos últimos dez anos, quase todas as recomendações foram seguidas e alguns candidatos a cargos de regulação foram retirados ou desistiram devido a “chumbos” parlamentares.
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