A Deco confirmou que algumas lojas aumentaram o preço dos produtos antes do dia de descontos Black Friday para dar a ilusão de que realmente estariam a fazer esses descontos. Perante esta situação, a Deco denunciou o caso à ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) e à Direção-Geral do Consumidor e pediu sanções para as empresas em causa.

“Esta manipulação de preços não se encontra generalizada, mas um em cada 20 produtos com descontos anunciados na Black Friday viola a Lei dos Saldos e das Promoções e a Lei das Práticas Comerciais Desleais – o consumidor acredita que está a comprar com um desconto real, quando, na verdade, não está”, lê-se no site da associação de defesa do consumidor.

A Deco analisou 1.862 produtos entre 16 e 27 de novembro, o dia da Black Friday, depois de ter recebido várias queixas de consumidores e verificou que as lojas aumentaram em cerca de 10% o preço de alguns produtos – um em cada 20 produtos, para ser mais preciso.

Mas há casos concretos mais graves.

  • Na Worten, o preço do televisor LG 55UF770V aumentou mais de 60% na véspera da Black Friday;
  • Também na Worten, o preço do smartphone Samsung Galaxy S4 i9595 4G (de 16 GB) aumentou 100 euros no dia 24 de novembro, mas na Black Friday o desconto foi apenas de 80,98 euros. Logo ainda mais caro do que antes de dia 24;
  • Na Rádio Popular, o preço do televisor LG 32LF5610 aumentou 80 euros no dia 18 de novembro. Na Black Friday, o desconto foi de 40 euros;

Ao Ministério da Economia, a associação de defesa do consumidor reforça que é importante a “divulgação do preço mínimo praticado nos 30 dias anteriores ao desconto e/ou promoção anunciado e, no online, a apresentação gráfica da variação dos preços praticados nos últimos 30 dias”. Aos consumidores aconselha que consultem e comparem vários preços “antes da compra de um produto que implique um investimento mais avultado”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR