“Os investigadores foram capazes de identificar três propriedades usadas pelos perpetradores conspiradores dos ataques de 13 de novembro de 2015”, disse o porta-voz do Ministério Público federal, Eric Van der Sypt, num comunicado em inglês.

Essas propriedades são um apartamento na cidade de Charleroi, onde os investigadores encontraram uma impressão digital de Abdelhamid Abaaoud, o presumível cérebro dos ataques; um apartamento no distrito de Schaerbeek, na capital, Bruxelas, identificado na sexta-feira; e uma pequena habitação na aldeia de Auvelais, perto da fronteira francesa. Nestes dois últimos casos, os investigadores não encontraram vestígios de explosivos ou armas.

Os três alojamentos foram arrendados através de identidades falsas, mais de um e de dois meses antes dos atentados (início de setembro no caso dos dois apartamentos, 05 de outubro no caso da casa de Auvelais). “A renda dos três e o depósito foram todos pagos em dinheiro vivo aos respetivos proprietários”, explicou o MP belga.

No caso da habitação de Auvelais, a falsa identidade pertencia a uma pessoa recrutada a 09 de setembro em Budapeste por Salah Abdeslam, que se encontra a monte, suspeito chave dos atentados de 13 de novembro, que regressou no dia seguinte a Bruxelas. Desde então, está em curso uma caça ao homem internacional por Salah Abdeslam, de 26 anos, nascido na Bélgica.

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Na sexta-feira, as autoridades belgas anunciaram ter encontrado durante as buscas, em dezembro, ao apartamento em Schaerbeek, em Bruxelas, três coletes que são usados em ataques suicidas, vestígios de explosivos e uma impressão digital de Salah Abdeslam.

O MP indicou ainda que a investigação revelou que o Seat Leon,que foi usado após os ataques de Paris, tinha parado nas proximidades das casas de Charleroi e Auvelais.

Os atentados de Paris de 13 de novembro fizeram 130 mortos e 350 feridos.