O Governo anunciou hoje que o consórcio liderado pela Mota-Engil venceu o concurso público de reprivatização de 95% do capital da Empresa Geral do Fomento (EGF).

Após a reunião do Conselho de Ministros de hoje, o Governo explicou que o consórcio SUMA venceu o concurso para a compra da sub-holding da Águas de Portugal por maior mérito da sua proposta, em detrimento da espanhola FCC e do grupo DST (Domingos da Silva Teixeira).

O preço oferecido pelo Consórcio valoriza a empresa em 149,9 milhões de euros, mas isto para os 100%. A privatização é de apenas 95% do capital da empresa, que está dívida em 51% nas mãos da Águas de Portugal e 49% dos municípios, mas nem todos os municípios querem vender.

O ministro do Ambiente explicou que apenas 12 municípios vão vender nesta fase em conjunto com o Estado, e por isso também ao mesmo preço, recebendo pela sua parte 4,6 milhões de euros.

A valorização da empresa pelo consórcio, diz o Governo, é mais de 50% superior à medida das avaliações que foram feitas e duas vezes superior ao valor contabilístico na EGF no balanço da Águas de Portugal.

O processo será agora analisado pela Autoridade da Concorrência, onde Moreira da Silva não espera dificuldades, mas reconhece que dependerá do tempo que a AdC vai demorar, a data de finalização do processo. Ainda assim, o governante espera ter este processo fechado no final deste ano ou início do próximo.

Quanto à possibilidade da espanhola FCC avançar para a impugnação do concurso, o Governo diz que a terceira fase não era obrigatória mas apenas uma possibilidade, e que não vê razão para isso acontecer, mas não quis antever as consequências de uma eventual impugnação.

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