O Livre, partido fundado pelo antigo eurodeputado Rui Tavares, anunciou que vai permitir que outras forças políticas intervenham durante o seu congresso, uma medida inédita, já que os congressos dos partidos servem para o debate interno e tomada de decisão por parte dos militantes. O encontro, que será o primeiro congresso depois da oficialização do partido em março deste ano, vai acontecer no dia 5 de outubro.

“Pela primeira vez em Portugal, partidos e movimentos congéneres ao Livre serão convidados não apenas a assistir ao Congresso, mas terão também possibilidade de nele intervir, apresentando diretamente aos congressistas e a toda a opinião pública as suas mensagens políticas”, anunciou o partido este domingo. Esta ideia vem reforçar a vontade demonstrada pelo Livre, desde o seu anúncio formal em novembro do ano passado até às recentes eleições europeias, em tentar um entendimento à esquerda.

Segundo um comunicado enviado às redações, o Livre “pensa dar assim um contributo ao debate plural que é indispensável para que o país possa enfrentar os grandes desafios do seu futuro próximo”. Os membros do Livre estão a organizar durante este fim-de-semana um encontro apelidado de “Os Setembristras” na Universidade da Beira Interior em que têm debatido temas como “trabalhar juntos à Esquerda” e o desenvolvimento sustentável como alternativa económica à crise. José Sá Fernandes, vereador da Câmara de Lisboa, foi um dos oradores do evento.

O congresso do Livre está marcado para dia 5 de outubro e será o primeiro congresso como partido. O Livre organizou um congresso fundacional em janeiro passado, mas ainda não tinha sido oficializado como força política pelo Tribunal Constitucional.

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