Na Assírio & Alvim, o mês de maio irá começar com o lançamento de Contos Escolhidos, de Fernando Pessoa. O volume, da coleção Pessoa breve, inclui contos retirados dos livros O Mendigo e outros contos e A estrada do esquecimento e outros contos, editados pela mesma editora. Pela Assírio & Alvim, será ainda publicado Ensaios sobre a Literatura, do filósofo e crítico cultural Walter Benjamin. A coletânea, nunca antes editada em Portugal, foi traduzida por João Barrento.
Pela Livros do Brasil, irá sair Rumo ao Mar Branco, a obra-prima de Malcom Lowry que se pensou perdida. Escritor e poeta inglês, Lowry é conhecido sobretudo pela obra Debaixo do Vulcão. Em maio, a editora irá também reeditar A Peste, a obra colossal de Albert Camus. Já na Porto Editora, será publicado A guitarra azul, o mais recente livro de John Banville (que estará a 28 de maio na Feira do Livro de Lisboa a 28) e O cão que comia a chuva, de Richard Zimler, com ilustrações de Júlio Pomar. Pela mesma editora, sairá ainda História de um cão chamado Leal, do chileno Luis Sepúlveda.
Pela Relógio d’Água, irá sair em maio a Poesia Reunida de T.S. Eliot, La Frantumaglia, da escritora mistério Elena Ferrante, Dias da Birmânia, o primeiro romance de George Orwell, publicado originalmente em 1934, e Sobre Estar Deitado na Cama e Outros Ensaios, de G. K. Chesterton, com seleção e introdução de Alberto Manguel.
Na Tinta-da-China, o mês irá começar com o lançamento de A Dor Concreta, o novo volume da coleção de poesia dirigida por Pedro Mexia, e de A Conquista das Almas: Cartazes e Panfletos da Acção Psicológica na Guerra Colonial, de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, da Coleção Ephemera. Os dois livros chegam às livrarias a 13 de maio.
Mas os lançamentos não irão parar por aqui. A 20 de maio, será a vez de Levante-se o Réu Outra Vez, uma crónica de tribunal de Rui Cardoso Martins com prefácio de António Lobo Antunes, e de Espanha, de Jan Morris. O livro é o terceiro da autora a entrar para a popular coleção de literatura de viagens.
No final do mês, sairá ainda pela Tinta-da-China Para Lá do Relvado, um ensaio sobre futebol de Raquel Vaz-Pinto, e a edição de bolso de Eu Sou Uma Antologia: 136 Autores Fictícios, de Jerónimo Pizarro e Patrício Ferrari. Editado pela primeira vez em 2013, o livro é um levantamento de todos os heterónimos e personagens autorais criados por Fernando Pessoa. Eu Sou Uma Antologia estará à venda a partir de 27 de maio.
No mesmo dia, chegará às bancas o novo número da revista Granta, dirigida por Carlos Vaz Marques. Apesar de o conteúdo da revista estar no segredo dos deuses, a Tinta-da-China avançou que o número sete terá como mote a frase “O mundo é um palco”, numa altura em que se comemoram os 400 anos da morte do dramaturgo inglês William Shakespeare.
Na Guerra e Paz, a coleção de clássicos da literatura não para de crescer. No dia 4 de maio, chegará às livrarias O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. No mesmo dia, sairá também À Espera de Bojangles, o primeiro romance do francês Olivier Bourdeaut. Publicado no início deste ano, o livro já ganhou vários prémios, incluindo o Grande Prémio RTL-Lire. Pela Ítaca, irá sair já perto do final do mês Dez de Dezembro, um livro de contos do escritor norte-americano George Saunders. O autor, inédito em Portugal e vencedor do prémio Folio, foi escolhido como um dos melhores do ano 2013.
Na Alfaguara, o mês de maio será marcado pela publicação do Manual de Mulheres de Limpeza, de Lucia Berlin, “um dos segredos mais bem guardados da literatura norte-americana”, como lhe chamou o escritor Paul Metcalf. Publicado 11 anos depois da morte da autora, o conjunto de contos, reunidos e publicados originalmente pela editora Farrar, Strauss and Giroux, foi considerado um dos livros do ano por vários jornais de referência norte-americanos, como o New York Times.
A 6 de maio, a Quetzal irá editar O Fim do Mundo, um romance-fábula aterrador de Bousalem Sansal inspirado em 1984, a obra-prima de George Orwell. O Fim do Mundo, galardoado com o Prémio da Academia Francesa, explora a ideia do estabelecimento de uma ditadura religiosa de raiz muçulmana. No mesmo dia, sairá M Train, o novo livro de Patti Smith. Partindo do presente, de um pequeno café em Greenwich Village onde Smith costuma tomar café todos as manhãs, a cantora e compositora pensa e escreve o mundo como ele é e como foi no passado.
A Dom Quixote irá começar o mês com a publicação a 10 de maio de Se o Passado não Tivesse Asas, do escritor angolano Pepetela, um livro sobre a amizade entre Himba e Kassule, duas crianças de 13 e 10 anos. Pela mesma editora sairá anda Anunciações, de Maria Teresa Horta. Ao longo de 280 poemas, a autora relata a história do romance tumultuoso que existe entre o arcanjo Gabriel e Maria. O livro chega às livrarias a 24 de maio.
A Texto Editora irá lançar Veni, Vidi, Vici — Tudo o que sempre quis saber sobre os romanos mas teve medo de perguntar, um livro de Peter Jones sobre um dos maiores (e mais longos) impérios da história. O livro chega às livrarias já no dia 3 de maio. Pela Porto Editora, irá sair Os Inovadores, de Walter Isaacson, uma biografia da revolução digital escrita pelo autor do bestseller Steve Jobs, e Maria, a biografia da mulher que deu à luz Cristo, de Rodrigo Alvarez, correspondente da TV Globo no Médio Oriente.
Se está à procura da cura para todas os males, a Quetzal tem a solução. A 6 de maio, a editora irá lançar Remédios Literários, de Ella Berthoud e Susan Elderkin. De A a Z, as autoras aconselham centenas de livros que prometem curar todos os problemas, desde o “Abandono” a “Zangar-se com o melhor amigo”.
Paulo Moura, jornalista de profissão, voltou à estrada para percorrer a costa portuguesa, de Caminha a Monte Gordo. Dessa viagem resultou Extremo Ocidental: Uma Viagem de Moto pela Costa Portuguesa, uma narrativa que inclui estradas, paisagens, praias, cidades, mas também pessoas e histórias. “Esta viagem é assim. Necessita de enredos, como combustível. Perder tempo com as histórias que vou encontrando não atrasa a viagem — dá-lhe movimento”, escreveu o jornalista. O livro irá sair em maio pela Elsinore.
Pela Orfeu Negro, irá sair História do Espelho, de Sabine Melchior-Bonnet. O livro percorre a história do espelho, que começou por ser um objeto raro e preciso na Antiguidade, tornando-se depois num elemento banal na época contemporânea. Para além de reconstruir a sua história, Melchior-Bonnet esboça também a relação do homem com a sua própria imagem. Em maio, a editora irá ainda reeditar O Espaço Vazio, de Peter Brook. O livro, que vai já na terceira edição, foi descrito pela revista Time como uma obra que interessa a todos os que se preocupam com a natureza e o destino do teatro contemporâneo.
José Luís Peixoto irá regressar aos lançamentos com um livro para os mais pequenos. Todos os Escritores do Mundo Têm a Cabeça Cheia de Piolhos, o segundo do autor para a infância, chega às livrarias a 6 de maio, com chancela da Quetzal. Pela Asa, irá sair no dia 3 de maio Poesia-me, de Álvaro Magalhães e Cristina Valadas. Ao leitor, o livro pede apenas: “Abre-me e lê-me./ Devagar e também furiosamente./ Como quem ama./ Em troca, poesio-te.”
Pela Booksmile, irá sair este mês A Teia da Carlota, de E.B. White, considerado um dos 100 melhores livros de sempre pela revista Time. A tradução é de Carla Maia de Almeida. Já a Orpheu Negro, irá acrescentar mais três títulos à coleção “Mini” — Cheguei Atrasado à Escola Porque… e O Dia em que os Lápis Voltaram a Casa, de Davide Cali e Benjamin Chaud (autores de Não Fiz os Trabalhos de Casa Porque…), e Tão Tão Grande, o novo livro de Catarina Sobral.
Este último conta a história de Samuel que, certa manhã, deu por si transformado num gigantesco hipopótamo. “Uma divertida abordagem kafkiana sobre a estranheza do crescimento e as bizarras mudanças do corpo”, como refere a editora.