Meryl Streep subiu ao palco dos Globos de Ouro para aceitar o prémio carreira Cecil B DeMiller mas utilizou o seu tempo para criticar o presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Criticando Trump pelo seu “instinto para humilhar” e por banalizar o que considera bullying aos meios de comunicação, Streep foi a notícia da noite.

Depois de uma curta entrevista ao diário norte-americano New York Times, na qual Donald Trump disse não estar surpreendido com os comentários de Meryl Streep nem com o ataque “da elite liberal de Hollywood”, Trump passou para o seu palco de guerra preferido: a rede social Twitter. Para o presidente-eleito, Meryl Streep é uma das atrizes “mais sobrevalorizadas” de Hollywood. E associa a reação da atriz ao facto de ser uma apoiante desiludida com a derrota de Hillary Clinton.

As nomeações de Meryl Streep para prémios no cinema na Wikipédia têm 98 entradas. A maioria desdobra-se depois em cinco, seis, dez ou mais menções para cada prémio. Só pela Academia Britânica de Cinema Streep tem 12 nomeações, duas vitórias. Nomeações para os Globos de Ouro são mais de três dezenas, com oito distinções. Mas Meryl Streep é também o artista mais nomeada de sempre para os Óscares, somando 19 nomeações e um dos únicos três atores a ter conseguido três estatuetas nas categorias mais competitivas. Streep é muitas vezes considerada a melhor atriz da sua geração, rótulo que ela detesta. Destaque para papéis como o de Johana, a deprimida mulher de um louco da publicidade, em Kramer contra Kramer, ou o de Margaret Thatcher, a Dama de Ferro, onde Maryl Streep volta a dar vida à estadista britânica mantendo-lhe o sotaque e interpretando perfeitamente os laivos de demência que se começaram a notar no fim da sua vida.

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Mencionando ainda o apoio de Meryl Streep a Hillary Clinton, Trump aproveitou para relembrar aos seus quase 20 milhões de seguidores que “a Hillary perdeu estrondosamente”. Uma das acusações que Meryl Streep fez a Trump foi a de “brincar com as deficiências físicas de um repórter, imitando-o”, coisa que Trump nega, aqui, “pela 100ª vez”, ter feito.