Espanha e Portugal partilham rituais muito próprios na celebração mais tradicional do Entrudo. Existem diversas formas de manifestação espalhadas principalmente pelo Nordeste Transmontano, Galiza e Astúrias, muitas delas ricas em tradições que se perdem no tempo. Numa celebração rica em história e simbolismo, o uso da máscara é o principal elemento deste ritual.

Planeado como espaço cultural e acabado de completar o primeiro aniversário da sua inauguração, o CIMI — Centro Interpretativo da Máscara Ibérica — assume a função de valorização de todos os rituais que usam máscara e traje, promovendo o seu património cultural através da pesquisa e investigação das suas origens.

“Existem festividades que se foram perdendo ao longo dos tempos e que agora estão a ser recuperadas. Isto é um processo contínuo e o papel do CIMI é ter dinâmicas locais para a população da região e promover atividades de divulgação a nível nacional”, refere a diretora do centro Tânia Borges.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Construído no antigo solar dos Viscondes de Lazarim, o centro interpretativo divide-se em várias salas, com exposições sobre as diversas representações do uso da máscara ibérica e do seu simbolismo de região para região. Atualmente, aproveitando a celebração do Entrudo na localidade, foi inaugurada uma exposição só com máscaras e trajes portugueses. O espaço partilha ainda exposições temporárias de fotografia e uma mostra dos costumes e tradições de Lazarim.

“O futuro não passa por uma exposição permanente. Isto é um centro interpretativo e não um museu. Por isso temos de ter a oportunidade de ter cá representadas as mais diversas festividades e tradições para criar dinâmicas e fazer com que as pessoas voltem cá novamente”, destaca Tânia Borges.

O Centro Interpretativo da Máscara Ibérica funciona de terça a domingo e tem entrada gratuita.