O incêndio de Pedrógão Grande já se encontra em fase de rescaldo e o de Góis deverá ficar dominado este sábado. As chamas deflagraram em Pedrógão Grande e nos concelhos limítrofes no sábado, dia 17 de junho, e pelo caminho fizeram 64 vítimas mortais. Sete dias depois, reunimos as imagens do satélite Worldview, da NASA, que nos mostram o antes e o depois desta tragédia.
As fotografias não deixam dúvidas: a área ardida é gigantesca. Ao todo foram, até esta quinta-feira, 45.039 hectares de floresta, de acordo com um relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O relatório avalia “os cinco grandes incêndios: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Penela e Góis”.
A soma de todos os incêndios já ocorridos em território nacional em 2017 eleva a área ardida para 62.139 hectares. Quer isto dizer que cerca de 73% da área já ardida este ano se concentra em Pedrógão Grande.
A fotogaleria em cima dá conta disto mesmo. Um incêndio de tamanha dimensão que afeta visivelmente os afluentes e o caudal do rio Tejo. Ainda ficam por esclarecer os efeitos ambientais e ecológicos do incêndio de Pedrógão Grande.
Quanto a causas, agora na mesa de debate, o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) garante no relatório de esclarecimento pedido por António Costa que “se vieram a confirmar pelos valores medidos” os “valores previstos com quatro dias de antecedência”. Contudo, o IPMA assume que houve “uma variação” nos valores da humidade relativa – que terão sido um importante fator na propagação das chamas – tal como na variável da velocidade do vento, em que se registaram velocidades superiores às previstas.
O IPMA afirma que em Pedrógão Grande e na região se observaram condições excecionais “que determinaram situações de excecional gravidade”, que provocaram um “downburst“.
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https://observador.pt/2017/06/23/fogos-dominados-primeiros-apoios-publicos-deixam-concelhos-de-fora/
editado por Pedro Esteves