A China pediu esta sexta-feira aos Estados Unidos e à Coreia do Norte para “mostrarem prudência” e “agirem mais ativamente” visando acabar com “uma situação tensa”, após nova escalada verbal entre Washington e Pyongyang.
“Apelamos a todas as partes para mostrarem prudência nas suas palavras e ações e a fazerem mais para atenuar as tensões”, declarou Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado.
Devem esforçar-se para “aumentar a sua confiança mútua em vez de recorrerem a velhas receitas que consistem em encadear demonstrações de força”, adiantou o governo chinês.
Em vez de tentar fazer descer a tensão, o presidente norte-americano, Donald Trump, subiu o tom em relação à Coreia do Norte, que ameaça abertamente o território norte-americano de Guam, no Pacífico.
Guam, a paradisíaca ilha norte-americana que a Coreia do Norte quer bombardear
Acusado pelo regime de Kim Jong-un de ter “perdido a razão”, Donald Trump afirmou na quinta-feira que as suas ameaças de “fogo e fúria” contra a Coreia do Norte “talvez não tenham sido suficientemente fortes”.
Trump ameaça Coreia do Norte com “fogo e fúria” como o mundo nunca viu
A China, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, aprovou no sábado uma sétima série de sanções económicas internacionais contra a Coreia do Norte, em resposta aos disparos do país de mísseis intercontinentais, que podem transportar armas atómicas.
Mas Pequim, principal aliado de Pyongyang, defende uma solução do dossier norte-coreano “através do diálogo”.
Já propôs várias vezes uma dupla “moratória”: a paragem simultânea dos ensaios nucleares e balísticos de Pyongyang e dos exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.