O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou, na quinta-feira, que a greve anunciada na TAP para os últimos dias de 2014 se trata de um “ato de egoísmo” para com a economia portuguesa.

[A greve] é, lamento dizê-lo, um ato de egoísmo face a uma economia que está a esforçar-se enormemente para recuperar e sair da crise“, afirmou Portas, num jantar de Natal com as concelhias do CDS-PP de Lisboa, destacando os incómodos para os cidadãos e as possíveis perdas para a empresa transportadora aérea portuguesa.

“Uma greve de quatro dias, em cima do fim do ano, é evidentemente um prejuízo enorme para uma empresa que não vive dias fáceis. É um sarilho e uma complicação para a vida das famílias e pessoas que tinham viagens marcadas. É um dano para aquelas regiões do país que precisam absolutamente do transporte aéreo”, defendeu Paulo Portas.

Por sua vez, em declarações à SIC, André Teives, porta-voz da plataforma sindical TAP, disse que “a única coisa que podemos fazer é pedir desculpa aos passageiros e a todas as pessoas que se sentirem afetadas por esta ação. Nada temos contra elas mas estamos tão-somente a defender os interesses quer da TAP quer do País”.

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O porta-voz da plataforma acrescentou ainda que para já é possível “influenciar e fazer algo para que não aconteça. Depois é tarde por um lado e irreversível por outro”.

Em causa está a privatização da TAP. Os 12 sindicatos afetos à TAP formalizaram na quarta-feira um pré-aviso de greve de quatro dias, entre 27 e 30 de dezembro, contra a privatização da empresa.

O secretário de Estado dos transportes já disse que “é por levar por diante” a privatização, uma vez que o Governo considera que “é o melhor” para a TAP e para Portugal.

Para esta sexta-feira está marcada uma reunião entre os sindicatos, o ministro da Economia, António Pires de Lima, e o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.