O Banco BPI vai entregar a “manifestação de interesse” prevista na primeira fase do procedimento relativo à compra do Novo Banco, de acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta terça-feira. De acordo com o que foi decidido pelo Fundo de Resolução no início do mês de dezembro, quem quiser avançar para a aquisição da instituição tem de apresentar estas manifestações até às 17h00 de 31 de dezembro de 2014.

Fernando Ulrich, presidente do Banco BPI já tinha admitido em novembro que o Novo Banco representava “uma oportunidade que pode vir a ser muito interessante” e que o Banco BPI “tem condições para mobilizar aquilo que é necessário para uma operação dessas”.

A empresa chinesa Fosun, que detém a Espírito Santo Saúde e a Fidelidade, também está interessada em adquirir a instituição liderada por  Eduardo Stock da Cunha, de acordo com o que noticiou a TVI a 3 de dezembro. Segundo a estação de televisão, os chineses estarão dispostos a pagar até 3.500 milhões de euros.

Em dezembro, o Fundo de Resolução, que detém o Novo Banco, publicou um anúncio com os pré-requisitos exigidos aos interessados em comprar a instituição. Os potenciais compradores não podem ter sido acionistas qualificados do BES, ou seja, com participação igual ou superior ao limiar de 2%, nos dois anos anteriores à medida de resolução.

Além disso, têm de deter ativos de, pelo menos, 500 milhões de euros ou ativos sob gestão ou outros recursos financeiros no valor de 100 milhões de euros, no mínimo, e não podem ter sido condenados por práticas ilegais, como atos terroristas ou branqueamento de capitais.

O Fundo de Resolução também anunciou a 25 de novembro que pretende vender o Novo Banco como um todo e não em partes.

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