Kim Yo-jung, a irmã mais nova do líder norte-coreano, Kim Jong-un, pode vir a convidar o presidente da Coreia do Sul para uma visita a Pyongyang durante a sua estada de três dias no país a propósito dos Jogos Olímpicos de Inverno. De acordo com a CNN, fontes diplomáticas dizem que há uma “boa chance” de que Yo-jung convide Moon Jae-in durante um almoço de boas-vindas no palácio presidencial, em Seul, este sábado.

A irmã mais nova do líder norte-coreano chegou esta sexta-feira à Coreia do Sul, onde vai assistir à cerimónia de abertura dos Jogos, que se realizam em PyeongChang. À chegada, Kim Yo-jung foi recebida, no aeroporto internacional de Incheon, por um grupo de funcionários sul-coreanos, incluindo o ministro da Unificação, Cho Myoung-gyon.

Kim Yo-jung é o primeiro membro da dinastia Kim a visitar a Coreia do Sul, embora o avô, Kim Il Sung, tenha viajado para aquela que é agora a zona desmilitarizada, durante a Guerra da Coreia (1950-53).

A informação de que a irmã de Kim Jong-un pode dirigir o convite a Moon durante um almoço entre as delegações sul-coreana e norte-coreana foi avançada à CNN por fontes diplomáticas com profundo conhecimento das intenções da Coreia do Norte, que também dizem que “nada é final” no que toca a essa decisão. Caso o convite seja feito, seria a primeira vez que um presidente sul-coreano entrava na Coreia do Norte desde 2007.

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A visita decorreria “algures este ano”, potencialmente no dia 15 de agosto, Dia da Independência da Coreia. O feriado comemora a libertação do domínio colonial japonês e é celebrado por ambos os países.

Os Estados Unidos da América já mostraram o seu descontentamento com a abertura da Coreia do Norte ao Sul. O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, que lidera a comitiva dos EUA a PyeongChang, disse que estava no país para se assegurar de que a propaganda norte-coreana não toma conta dos Jogos de Inverno.

Esta sexta-feira, Pence disse que não havia “luz do dia” entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul no que toca à política com a Coreia do Norte, referindo ainda que os países não querem “repetir os erros do passado”. “O Presidente Moon e refletimos sobre isso na noite de ontem. A desnuclearização tem de ser o ponto inicial para qualquer mudança, não o ponto final de qualquer mudança”, considerou.