O espanhol Santander, dono do Santander Totta em Portugal, parte como favorito para a compra do Novo Banco, escreve o jornal “Cinco Días” nesta terça-feira. O diário financeiro espanhol acrescenta que o La Caixa, através do BPI, de que é acionista de referência, é um forte candidato. O também espanhol Popular é outro que está muito interessado, enquanto o BBVA e o Sabadell não entrarão na corrida, segundo o jornal.

A notícia surge a poucos dias de terminar o prazo, a 31 de dezembro, para que os potenciais interessados entreguem ao Fundo de Resolução e ao BNP Paribas (que está a assessorar a venda) as manifestações de interesse no Novo Banco. Esta é a primeira fase de um processo de venda da instituição. Na volta do correio, os potenciais interessados receberão informação adicional sobre o banco que nasceu da resolução aplicada ao Banco Espírito Santo.

Segundo o Cinco Días, que não especifica as fontes que lhe deram a informação, o BNP Paribas já recebeu manifestações de interesse de alguns dos bancos que foram convidados a apresentar a manifestação de interesse. Foi também colocado um anúncio na imprensa nacional e internacional. O primeiro foi o BPI, cujo conselho de administração decidiu na última semana participar neste processo através, para já, da manifestação de interesse junto do Fundo de Resolução e do BNP Paribas. O espanhol La Caixa tem 44% do capital do BPI, pelo que a intenção do banco é promover uma junção das operações das duas entidades portuguesas.

Banco de Portugal prefere espanhóis, diz o jornal

O “Cinco Días” diz que “o Banco de Portugal seria favorável a que fosse uma empresa espanhola a receber o Novo Banco, dadas as semelhanças na forma de fazer o negócio bancário e a proximidade territorial”. Além do Santander e do La Caixa (BPI), o jornal diz que o Popular, que também tem uma filial em Portugal, também quererá participar, pelo menos, nesta primeira fase da venda.

Não acontece o mesmo com o Sabadell, já que “o seu sócio em Portugal, o BCP, passou à tangente nos testes de stress [do BCE], o que praticamente impossibilitará a participação neste processo”, justifica o “Cinco Días”.

Nos últimos dias têm, também, surgido notícias de que os chineses da Fosun (donos da Fidelidade) e o fundo Apollo deverão entregar a manifestação de interesse no Novo Banco, algo que os candidatos terão de fazer até às 17 horas de dia 31 de dezembro.

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