O último livro da trilogia de Hilary Mantel passada na corte de Henrique VIII, The Mirror & the Light, classificado já como uma “obra-prima” a uma semana de ser lançado no Reino Unido, vai ter publicação em Portugal no dia 22 de abril, pela editorial Presença. The Mirror & the Light tem recebido entre críticas elogiosas da imprensa especializada, que classificou o livro como “magnífico” e “uma obra-prima”, e espera-se que ultrapasse em vendas Os Testamentos, de Margaret Atwood, o grande sucesso editorial do ano passado.

The Mirror & the Light surge oito anos depois da publicação de Bring Up the Bodies (editado em Portugal com o título O Livro Negro) e onze anos depois de “Wolf Hall”, o volume inaugural da trilogia. As duas obras venceram o Booker Prize, um feito que alguns críticos acreditam que voltará a repetir-se com o terceiro volume da trilogia.

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A obra, que será publicada em Portugal sob o título O Espelho e a Luz, começa com a execução de Ana Bolena, em maio de 1536, e continua a história de Cromwell até à sua própria execução, quatro anos depois. “Ana Bolena está morta, decapitada no espaço de um batimento cardíaco por um executor francês contratado. Enquanto os seus restos mortais são recolhidos e votados ao esquecimento, Thomas Cromwell toma o pequeno-almoço com os vitoriosos”, descreveu a editora, que lançou, da mesma autora, O Assassinato de Margaret Thatcher.

Filho de um ferreiro, Thomas Cromwell, ministro de Henrique VIII, emerge do banho de sangue daquela primavera para prosseguir a sua ascensão ao poder e à riqueza, enquanto Henrique VIII se prepara para viver um momento de felicidade com a sua terceira rainha, Jane Seymour. Apesar da rebelião, dos traidores que conspiram no estrangeiro e da ameaça de invasão que coloca o regime de Henrique VIII à prova até ao ponto de rutura, a imaginação de Cromwell é capaz de vislumbrar um país novo no espelho do futuro.

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“Com O Espelho e a Luz, Hilary Mantel encerra de modo triunfante a trilogia que iniciou com Wolf Hall e O Livro Negro. Traça os derradeiros anos de Thomas Cromwell, o rapaz vindo do nada que ascende aos píncaros do poder, delineando um retrato preciso de predador e presa, de uma disputa feroz entre presente e passado, entre a vontade régia e a visão de um homem comum de uma nação moderna que se constrói a partir do conflito, da paixão e da coragem”, escreveu a Presença.

O final da trilogia sobre a ascensão e queda de Thomas Cromwell conta-se num volume de 880 páginas, que será editado na coleção Grandes Narrativas, com tradução de Maria Beatriz Freitas Cardoso de Sequeira. Os dois primeiros livros tinham sido publicados pela antiga Editora Civilização. Para já, a Presença não planeia reeditá-los.