Joseph Blatter, presidente da FIFA, comentou pela primeira vez a detenção dos sete altos responsáveis da FIFA por terem recebido vários milhões em subornos. Blatter revela no comunicado o seu descontentamento em relação ao incidente e mostra-se disponível para colaborar com as autoridades. O Comité Ético da FIFA vai “banir temporariamente” os suspeitos.

“Vamos continuar a colaborar com autoridades competentes e vamos trabalhar vigorosamente dentro da FIFA para descobrir todas as irregularidades, para recuperar a verdade e garantir que o futebol mundial está livre de corrupções”, lê-se no comunicado, garantindo que a investigação é consequência de quando a FIFA “entregou o dossier às autoridades suíças” em 2014.

“Após os acontecimentos de hoje, o Comité Ético independente tomou ações e baniu provisoriamente os indivíduos acusados pelas autoridades, de qualquer atividade futebolística a nível nacional ou internacional”,  acrescentou Blatter.

Já a UEFA acredita que os resultados desta investigação são inadmissíveis e que não estão reunidas as condições para as eleições da FIFA acontecerem no próximo dia 29 de maio.

“Temos a firme certeza de que o Congresso da FIFA devia ser adiado, com novas eleições dentro de seis meses”, reiterou Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA, numa conferência de imprensa no âmbito do final da Liga Europa.

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“Há uma necessidade de reorganizar o organismo da FIFA”, acrescenta Infantino, que acredita ser necessário uma nova liderança e uma reforma. “As eleições presidenciais da FIFA devem ser adiadas, pois “corre-se o risco de se tornarem uma farsa”.

“Os associados europeus deviam considerar com cautela se deviam sequer participar no Congresso [da FIFA]”, concluiu Infantino, alertando que este sistema da FIFA pode “assassinar o futebol”.

Os membros da UEFA vão reunir-se com o Congresso da FIFA no próximo dia 28 de maio, para decidirem quais os procedimentos mais adequados para “protegerem o mundo do futebol”.