“Estamos espantados com a forma como a austeridade se está a sobrepor ao programa de reformas do Syriza, que os líderes da União Europeia deviam colaborar”, escreveram 26 dos maiores economistas mundiais numa carta intitulada “Um apelo pela sanidade económica e pela humanidade” publicada no jornal Financial Times. Estes economistas, na maior parte académicos, entendem que o futuro da União Europeia está em risco nas negociações entre a Grécia e os seus credores.

Os 26 economistas salientam que um acordo a longo prazo “é necessário”, já que de outra forma, a bancarrota é inevitável, impondo “grandes riscos às economias europeias e do mundo”. “O Syriza é a única esperança para a legitimidade na Grécia. Não conseguir chegar a acordo seria não ter em conta a democracia e resultaria em desafios muito mais radicais e também mais hostis em relação à União Europeia”, avisam os economistas que já em janeiro tinham escrito para o mesmo jornal, com o objetivo de aliviar a austeridade imposta ao país pelos seus credores.

“A forma como a Grécia é tratada enviará uma mensagem para todos os parceiros da zona euro. Tal como aconteceu no Plano Marshall, deixemos que essa mensagem seja de esperança e não de desespero”, escreveram.

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